RIO 2016

Seminário em Brasília apresenta lições aprendidas durante Jogos Olímpicos e Paralímpicos

Evento vai até quinta-feira (20/10) no Comando Militar do Planalto
Publicada em: 19/10/2016 15:37
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Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Flávio Nishimori

As lições aprendidas na segurança durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro. Esse é o tema principal do seminário, promovido pelo Ministério da Defesa, iniciado nesta quarta-feira (19/10), no auditório do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília.

“Nós não podemos esquecer o que foi feito nesses eventos, nem perder essa integração, principalmente na área de inteligência. Isso vai ser muito útil em atuações futuras das Forças Armadas com os órgãos de segurança pública e outras agências”, avalia o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), Almirante-de-Esquadra Ademir Sobrinho.

No encontro, que vai até quinta-feira (20/10), está sendo feito um balanço das ações do eixo de defesa nacional que durante as Olimpíadas atuou de forma integrada com outros órgãos governamentais nas áreas de inteligência e segurança.

Em uma das palestras foi apresentada a estatística do eixo de defesa nos Jogos. Foram realizadas, por exemplo, mais de 12 mil patrulhas, 632 escoltas de dignitários, 35 decolagens para interceptação ou alerta em voo e mais de 500 varreduras e monitoramentos ligados à Defesa Química, Biológica, Radioativa e Nuclear.

Também foram destacados como legados, na palestra, o incremento das operações interagências, melhoria no sistema de comando e controle e crescimento de interoperabilidade.

“Eu enfatizaria o legado imaterial, que é o da integração, da coordenação, das operações interagências, como um dos mais importantes. Essa mudança de paradigma em termos de entendimento da atuação da segurança pública é o que me parece ser fundamental”, ressalta o Secretário Executivo do Ministério da Justiça, Agostinho Netto.

No evento também estão sendo realizadas várias oficinas temáticas. Enfrentamento ao terrorismo, operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), inteligência são alguns dos temas abordados. A Força Aérea Brasileira (FAB) ficou encarregada de tratar sobre a defesa aeroespacial e defesa antiaérea.

Conforme explica o Coronel Aviador Luiz Cláudio Magalhães Bastos, da Assessoria Especial para Grandes Eventos (AEGE), do Ministério da Defesa, a consolidação dos trabalhos vai gerar um relatório, que servirá de balizamento para ações futuras.

“A finalidade desse esforço concentrado é aprender com o que aconteceu para usar futuramente em outros eventos”, afirma.

No seminário, uma equipe da embaixada japonesa também esteve presente para absorver os pontos positivos da realização das Olimpíadas no Rio, uma vez que os nipônicos serão os anfitriões em 2020.

“Nós vamos aprender as lições com mais detalhes ao longo do tempo. Mas um primeiro aspecto que posso destacar é no que se refere, por exemplo, às medidas antiterror e de preservação da segurança. O que pude perceber também é a relevância dessa integração entre os vários órgãos. Esse é o primeiro aprendizado”, afirma o Coronel Toru Yamauchi, adido das Forças Armadas do Japão.

Assista ao vídeo sobre o seminário