VOO 1907

Documentário revive histórias dos militares que atuaram no resgate

Maior operação do gênero no Brasil contou com o empenho de aproximadamente 800 homens
Publicada em: 27/09/2016 14:30
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Fonte: Agência Força Aérea
Edição: Por Tenente Flávio Nishimori

Os desafios, as dificuldades e as emoções dos militares que participaram da operação de resgate das vítimas do acidente com o Boeing da Gol em 2006 poderão serão revividas no documentário Voo 1907 - 10 anos depois - Bastidores da maior operação de resgate da FAB, a ser lançado nesta quinta-feira (29/09), no canal do Youtube da FAB. Com cenas inéditas e relatos emocionantes, o documentário, produzido pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), entrevistou os principais protagonistas da operação desencadeada após o trágico acidente ocorrido em 29 de setembro de 2006.

Dividido em oito episódios e com duração total de cerca de 40 minutos, militares de várias organizações militares, principalmente os especializados em Busca e Salvamento, do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento - conhecido como PARA-SAR, detalham a experiência vivida em 44 dias na selva amazônica e revivem os momentos marcantes que não sairão de suas memórias.

“Eram seres humanos, famílias que haviam sido destruídas. Então, quando você chega ao local, supera tudo, como picada de abelha, distância da família, para devolver os corpos das vítimas aos seus familiares. A gente não deixou ninguém para trás”, destaca o Suboficial Orenil Andrade, ressaltando o fato de que todas as 154 pessoas a bordo foram encontradas e identificadas.

A produção também mostra a logística montada na operação, principalmente no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV). Esta base da Aeronáutica, localizada na Serra do Cachimbo, no sul do Pará, teve papel importante, pois proveu a infraestrutura necessária para a operação que durou 44 dias, empregou 52 aeronaves, consumiu 1534 horas de voo e mais de 1 milhão de litros de combustível.

“O Campo de Provas permitia instalar uma maior infraestrutura e funcionou como um ponto de ligação. Tudo que recebíamos ou retirávamos da região era por meio do CPBV. Ali ficou concentrado o nosso efetivo”, relembra o Major-Brigadeiro Jorge Kersul, que na época comandava as operações na localidade. “Tudo aquilo que a gente fez foi uma operação de guerra. A logística foi muito importante para conseguirmos chegar ao nosso objetivo”, complementa o Suboficial Júlio Carvalho. 

10 anos depois

Um grupo de militares retornou ao local do acidente e passou  as impressões após 10 anos do acidente. “Essa missão nunca vai sair da minha cabeça. Eu lembro cada dia da minha vida, eu lembro desse local, desse acidente. Marcou para sempre, mudou a minha. Trouxe para mim uma nova maneira de encarar a vida”, enfatiza o Tenente Médico Felipe Lessa que, em 2006, foi um dos primeiros a chegar ao local e passou 40 dias na mata, no trabalho de resgate das vítimas.

No documentário, familiares das vítimas também contam como ainda estão superando a dor causada pelo acidente em 2006. “Hoje estou tranquila. Choro, mas é um choro de saudade. Tudo o que vocês fizeram foi muito gratificante para nós”, diz Creusa Paixão Lopes, mãe de Marcelo Paixão, a última vítima a ser encontrada pelas equipes de resgate da Força Aérea Brasileira.

Confira abaixo a chamadas para o documentário:

Teaser Voo 1907, 10 anos depois (Teaser Tenente Lessa)

Teaser Voo 1907, 10 anos depois (Suboficial Orenil)

Teaser Voo 1907, 10 anos depois (Suboficial Carvalho)