EXPEDIÇÃO YANOMAMI

Com apoio da FAB, médicos efetuaram mais de 1.200 consultas a índios Yanomami

Cerca de 150 profissionais estavam envolvidos na ação que durou uma semana
Publicada em: 11/08/2015 15:30
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Fonte: Agência Força Aérea

U  Agência Força Aérea/Cabo V. Santosm hospital no meio da selva amazônica. Centro cirúrgico móvel e consultórios mantidos por 12 geradores ligados 24 horas por dia. Esse foi o cenário que possibilitou a realização de 237 cirurgias e 1.273 consultas médicas a índios da etnia Yanomami que vivem na região da Cabeça do Cachorro, localizada no Amazonas, na fronteira com a Venezuela.

Cerca de 150 profissionai
s, entre médicos, dentistas e enfermeiros, participaram da ação realizada entre os dias 01 e 08 de agosto. Todos voluntários da organização sem fins lucrativos Expedicionários da Saúde, além de membros de órgãos  Agência Força Aérea/Cabo V. Santos parceiros.

A coordenadora da organização, Márcia Abdalah, avaliou o trabalho ao longo dessa semana. “Acho que nós levamos um pouco mais de dignidade e saúde para esse povo que vive tão isolado. Tentamos levar qualidade de vida”, afirmou.

A Força Aérea Brasileira (FAB) apoiou diretamente a ação. Foram empregados dois aviões (o jato C-99 e o cargueiro C-105 Amazonas) e um helicóptero H-60 Black Hawk. As aeronaves foram envolvidas no transporte de 15 toneladas de estrutura, no translado dos médicos e no transporte de índios das aldeias mais distantes para o local dos atendimentos médicos.
 
Para se ter uma ideia, o helicóptero realizou translados para três comunidades e levou cerca de 200 passageiros. “Tenho certeza que a missão foi cumprida com sucesso. Trouxemos os indígenas para o centro cirúrgico e os levamos de volta para as suas aldeias. É a Força Aérea se fazendo presente mais uma vez nas fronteiras da região Norte do País”, ressaltou um dos comandantes da aeronave, Tenente Kayo Coelho.
 
  Agência Força Aérea/Cabo V. SantosCirurgias - Do total de 237 cirurgias, 116 foram oftalmológicas. A maioria, procedimentos de catarata. Dona Adelaide foi uma das índias que realizou o processo cirúrgico. “Eu tinha o receio de ir dormir e, quando abrir o olho, não enxergar mais nada. Agora eu estou bem, consigo até ver os meus netinhos”, relatou.

A médica anestesista Marcela Malavazzi explicou que os médicos levaram o que há de mais moderno no Estado de São Paulo para a Amazônia. “O hospital de campanha funciona melhor que alguns centros cirúrgicos em que trabalhei em São Paulo”, destacou.

Também foram realizadas 121 cirurgias de hérnia. “A população indígena carrega muito peso. Não é que eles tenham mais hérnias do que as outras pessoas. É porque eles exigem mais do corpo do que os outros. Então, qualquer hérnia nós temos que tomar providências para que eles não tenham dor para carregar esse peso”, explica o presidente da organização Ricardo Afonso Ferreira.

  Arte CECOMSAER/SDPP

 Assista ao vídeo da Expedição Yanomami: