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Cadetes da Academia da Força Aérea realizam exercício de sobrevivência

Os futuros oficiais participaram da simulação de uma queda de aeronave em ambiente de selva
Publicada em: 29/06/2015 12:56
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Fonte: AFA

Os 186 cadetes do terceiro an  AFAo da Academia da Força Aérea (AFA) realizaram o estágio de sobrevivência na selva durante o mês de junho. Os futuros oficiais das armas de Intendência, Aviação e Infantaria participaram de uma simulação de acidente aéreo, no qual eles teriam que aguardar o resgate por quatro noites após um pouso forçado em ambiente de selva amazônica.

O objetivo do treinamento foi a aplicação de técnicas recebidas ao longo da formação do militar. O estágio é avaliado e faz parte da grade curricular do curso de formação para Oficiais Aviadores, Intendentes e Infantes da AFA.

O exercício foi realizado em duas etapas. Na primeira, os cadetes foram instruídos sobre a sobrevivência em meio à mata fechada, com recursos limitados e sem ajuda externa. Os futuros oficiais participaram de oficinas sobre obtenção de alimentos, armadilhas de caça e pesca, além de como preparar a área de acampamento com segurança contra animais, insetos e chuva.

O Soldado Abel dos Santos Guimarães Filho, da Base Aérea de Manaus, foi um dos instrutores. Ele explicou quais os principais itens necessários para a sobrevivência. “Nasci e fui criado no interior do Pará. Conheço bem os peixes, as frutas a serem utilizadas. Durante as instruções tentamos passar que para se manter vivo em um ambiente hostil é preciso cuidado com alguns pontos chaves, como abrigo, fogo e alimentação”, ressaltou.

Ambiente de selva

A segunda fase do exercício ocorreu em formato de rodízio. Divididos em três grandes grupos, os cadetes foram levados para o Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), no Sul do Pará. No local, em equipes menores, eles dividiram as tarefas de construir o “taipiri”, abrigo feito de toras e folhas de bananeira, caçar e alimentar a fogueira ao longo da noite. Também ficaram responsáveis pela construção de um porto para o possível resgate.

Prestes a embarcar, a Cadete Intendent
e Daniela Canabarro estava apreensiva. “Temos feito reuniões para nos conhecer melhor, entender quais são os pontos fortes e fracos de cada um, já pensando na divisão de tarefas. Acredito que quanto mais unidos estivermos, melhor será o nosso desempenho”, ressaltou.

De acordo com o Comandante do 3° Esquadrão, Major Intendente Alexandro Machado, o exercício de sobrevivência proporciona ao cadete a chance de vivenciar as dificuldades de manter-se vivo em áreas inóspitas. “Em uma situação real, como em acidentes aéreos em missões de combate no ambiente de selva, o domínio da situação é essencial para a sobrevivência de uma pessoa ou até mesmo de um grupo”, afirma.

Segurança

Os cadetes são monitorados de perto pelos instrutores da AFA. Uma grande infraestrutura de apoio é montada, com o auxílio de especialistas em segurança, profissionais de logística e da área de saúde.

 

 

Veja como é o dia a dia de um cadete da Academia da Força Aérea: