MISSÃO DE PAZ

Militares do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina retornam ao Brasil

Este foi o último pelotão da Força Aérea a participar da MINUSTAH
Publicada em: 07/06/2015 09:43
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Fonte: Agência Força Aérea

  "Foi a missão das nossas vidas". Assim o Tenente Bruno Becker descreve seu papel como líder de um grupo de 28 homens da Força Aérea Brasileira (FAB) durante seis meses de participação na Missão das Nações Unidas para estabilização do Haiti (MINUSTAH). Formado por militares das guarnições de Florianópolis (SC), Canoas (RS) e Santa Maria (RS), o grupo retornou ao Brasil na noite desta sexta-feira (05/06).

A chegada foi marcada pela emoção. O Soldado José Luiz Garcia pôde finalmente reencontrar sua filha Lívia, de apenas oito meses. "Eu saí ela estava com dois meses. Agora já está grande!", disse. O desembarque no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, foi acompanhado ainda pelos pais, irmão e esposa. "Estou voltando um novo homem. E agradeço a Deus por vencer a saudade e o cansaço", contou o militar.

Mas antes de poderem ir para casa com seus parentes, os 28 membros do Pelotão e mais seis oficiais que integravam o comando do contingente brasileiro passaram por exames de saúde realizados no Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO). "A gente tem que ter certeza que eles não se contaminaram com doenças endêmicas da região", explicou a Tenente Diana Santini, médica infectologista. Segundo ela, a inspeção de saúde realizada logo após o desembarque é fundamental para evitar o contágio de doenças como a febre chicungunya, a filariose e a tuberculose.

Nenhum dos 34 militares da Força Aérea apresentava sintomas e todos devem ser liberados ainda neste final de semana. Outros 167 homens do Exército Brasileiro retornaram no mesmo voo e também passaram por inspeções de saúde.

Ganho operacional

Este foi o oitavo pelotão da FAB a integrar a MINUSTAH, iniciada em 2004. A partir de 2011, as forças do Exército Brasileiro começaram a contar com a participação de militares da Força Aérea. Cerca de 250, entre oficiais, sargentos, cabos e soldados, tiveram a oportunidade de participar da missão real. "A gente, quando chegar nas nossas unidades, vai conseguir passar esse conhecimento para a tropa. E se formos empregados de novo, vamos ter um conhecimento maior", explicou o Tenente Becker.

Segundo ele, além da integração com o Exército Brasileiro, durante a missão de paz também são realizadas atividades ao lado de militares de outros países, como Paquistão, Índia, Estados Unidos e Canadá. "É uma oportunidade única", ressaltou. Para o militar, além disso, eles também voltam com a alegria de ter ajudado o povo haitiano. "Eles nos tratam muito bem, gostam da nossa presença. E foi muito bom ajudar aquele povo", finalizou.

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