OPERACIONAL
Veja imagens do combate a incêndio florestal no Chile
Uma aeronave C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira está no Chile para combater o incêndio florestal que atinge as comunas de Florida e Temuco. Cada sobrevoo é realizado a apenas 46 metros de altura sobre o terreno e o avião pode despejar até 10.400 litros de água de uma vez.
A força é tanta que os brigadistas em solo precisam deixar o local antes do sobrevoo da aeronave, mas depois podem combater os focos de incêndio com maior facilidade. "Quando lançamos a água, a temperatura do solo diminui, e então a brigada de incêndio pode atuar no combate ao fogo”, explicou o Major Rogério Vieira Maciel Junior, do 1º Grupo de Transporte de Tropa, do Rio de Janeiro (RJ).
A missão não é fácil. "Estamos operando em uma região muito montanhosa. A presença de nuvens baixas tem dificultado nosso acesso a algumas áreas”, afirma o Capitão Thomas Rodrigues de Oliveira, um dos pilotos que estão no Chile.
Entre pilotos, mecânicos e pessoal de apoio, a FAB enviou 30 militares para o Chile. A ajuda é resultado de um pedido da Embaixada daquele país ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Equipamento já utilizado no Brasil
Para cumprir essa missão, o C-130 é equipado com o MAFFS (Modular Airbone Fire Fighting System), que foi adquirido em 2007 e já foi utilizado em incêndios na Estação Ecológica do Taim (em 2008), no Parque Estadual da Chapada da Diamantida (2008) e no Distrito Federal (2011). O equipamento é composto por cinco tanques de água e dois tubos que projetam-se pela porta traseira do C-130.
Os pilotos que operam o C-130 Hercules da Força Aérea Brasileira (FAB) com MAFFS passam por um treinamento específico em que é necessário um mínimo de 500 horas de voo na aeronave. "Para operar o MAFFS, os pilotos precisam ter maior percepção psicomotora da aeronave para fazer passagens a baixa altura e com velocidade reduzida", lembra o Capitão Thomas.