BANDEIRA

Troca da Bandeira em Brasília comemora os 140 anos de nascimento do “Pai da Aviação”

Publicada em: 08/07/2013 16:58
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Fonte: VI COMAR

A solenidade de substituição da Bandeira Nacional, oficializada pelo decreto n° 99.217, de abril de 1990, ocorre mensalmente, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no primeiro domingo de cada mês, e tem a finalidade de despertar e incentivar na população o sentimento cívico e o culto aos símbolos nacionais. Na base do mastro de 100 metros de altura, onde tremula o símbolo maior da pátria, consta a seguinte mensagem cívica: “Sob a guarda do Povo Brasileiro, nesta praça dos Três Poderes, a bandeira sempre ao alto: visão permanente da pátria.”

Neste mês de julho, a solenidade foi realizada sob a responsabilidade do Comando da Aeronáutica e coordenada pelo Sexto Comando Aéreo Regional (VI COMAR). Para o Comando da Aeronáutica, a cerimônia revestiu-se de especial significado, pois foi comemorado os 140 anos do nascimento do Patrono da Aeronáutica Brasilieira – Alberto Santos-Dumont, nascido no dia 20 de julho de 1873, na fazenda Cabangu, em Minas Gerais.

Desde seus primeiros anos de vida já demonstrava habilidades manuais fora do comum. Com apenas 12 anos, já tinha permissão de seu pai para dirigir as locomotivas de transporte de café da região. Nesta mesma época iniciou seus estudos no colégio culto à ciência, em São Paulo, onde viu pela primeira vez um balão aerostático, em uma exposição de equipamentos aeronáuticos construídos na França. Sempre à frente e com uma visão além, demonstrava uma natural facilidade ao lidar com máquinas e equipamentos tecnológicos. Quando chegou a Paris, em 1892, Alberto era um rapaz provinciano, de estatura baixa e corpo franzino.

Nove anos depois, Santos Dumont transformou-se em modelo para os franceses. Ganhou diversos prêmios, ultrapassou barreiras e limites impostos aos estrangeiros e construiu, na imagem popular, a imagem de um “super-homem”. De comportamento inquieto e espírito obstinado, nunca desistiu de realizar seus projetos. Tendo dedicado sua vida à aviação, Santos Dumont foi o primeiro aeronauta a alcançar, definitivamente, a dirigibilidade dos balões e o primeiro a voar num aparelho mais pesado que o ar.

Em um dos trechos do livro Linha-D'água – edição 2006, do reconhecido navegador e explorador brasileiro Amyr Klink, escreve sobre o pai da aviação: “Dos 25 aos 35 anos, Santos Dumont sozinho projetou, financiou, construiu e comandou 22 aeronaves que marcariam todos os movimentos seguintes da humanidade. Abriu mão das patentes do primeiro avião verdadeiro da história para que fosse construído em série. Abriu mão dos seus prêmios para pagar penhoras dos desempregados da metrópole onde morou, que empenharam suas ferramentas de trabalho. Mais que o avião, Alberto Santos Dumont inventou a aviação, o design e o ato de doar o conhecimento privado. Pioneiro maior da navegação aérea a quem, talvez, não tenhamos perdoado o direito de ter pilotado a própria vida.”

Em 2006, ano do centenário do primeiro voo do 14-Bis, Alberto Santos Dumont teve o nome inscrito no “Livro de Aço dos Heróis Nacionais” – também chamado “Livro dos Heróis da Pátria”, e que se encontra hoje, em Brasília, no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves.

Presentes à Cerimônia na Praça dos Três Poderes, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Juniti Saito, acompanhado de sua esposa Vera Saito, oficiais generais do Alto Comando da Aeronáutica, oficiais generais da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, oficiais das Forças Armadas, oficiais Adidos de diversos países, e um grande público que prestigiou o evento. Também presentes o Comandante do VI COMAR Major-Brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, o Comandante do Comando Militar do Planalto, General de Divisão Gerson Menandro Garcia e o Comandante do Sétimo Distrito Naval, Vice Almirante José Carlos Mathias.