O Controlar diz respeito à responsabilidade da Força Aérea Brasileira pela prestação dos serviços de tráfego aéreo em todo o espaço aéreo brasileiro. Em cumprimento a acordos internacionais, o Brasil também é responsável por prestar esses serviços além do continente, sobre o Oceano Atlântico, totalizando 22 milhões de km². Ainda, em toda essa área, a FAB cumpre missões de busca e salvamento para localizar, socorrer e resgatar pessoas em perigo na terra ou no mar.
O Defender refere-se à garantia da soberania do espaço aéreo, que inclui todo o território brasileiro e suas fronteiras, e também se relaciona com a defesa dos interesses nacionais na chamada Zona Econômica Exclusiva. Com unidades operacionais em regiões estratégicas, a FAB utiliza sua estrutura de defesa aérea com aeronaves de Caça, Transporte, Patrulha Marítima, Reconhecimento, Asas Rotativas e Alerta Aéreo Antecipado. Além da aviação, utiliza ações terrestres de Contraterrorismo, de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e de Defesa Antiaérea.
Integrar o território nacional sempre foi missão da FAB. Desde seus primórdios, grande parte das aeronaves da FAB proporciona a integração do Brasil em diferentes missões. Ajuda humanitária, ações cívico-sociais, transporte de pessoas e suprimentos, transporte de órgãos e de urnas eleitorais, evacuações aeromédicas e construção de pistas são algumas das ações que levam direitos fundamentais à população em regiões de difícil acesso do País.
Conheça alguns dos projetos da Dimensão 22.
O caça sueco de múltiplo emprego F-39 Gripen NG é um modelo supersônico monomotor projetado para missões ar-ar, ar-mar e ar-solo sob quaisquer condições meteorológicas. A FAB receberá 36 unidades da nova aeronave até 2026 para atuar na Defesa Aérea da Dimensão 22.
A versão brasileira, desenvolvida em parceria com empresas locais, contará com modernos sistemas embarcados, radar de última geração e capacidade para empregar armamentos de fabricação nacional.
Em termos estratégicos, representa a possibilidade de entrada do Brasil como parceiro em um programa de alta tecnologia. Haverá reflexos duradouros para a indústria de defesa nacional, com foco na transferência de tecnologia para o País.
A produção do KC-390 tem por objetivo o desenvolvimento de aeronaves de transporte militar e reabastecimento em voo para substituição dos Hércules C-130.
O KC-390 será capaz de operar em pistas não pavimentadas em qualquer local do planeta, como a Antártida, a Amazônia e o Pantanal. Seus sistemas de autodefesa o tornarão menos suscetível a ameaças em ambiente hostil. Deve constituir-se em uma das mais importantes ferramentas da FAB para cumprir sua missão constitucional na Dimensão 22 de prover mobilidade estratégica às Forças de Defesa do Brasil.
O desenvolvimento dessa nova aeronave posicionará o Brasil como protagonista entre os fabricantes de equipamentos de defesa no mundo, além de possibilitar exportações de um produto de alto valor agregado.
Segundo a Estratégia Nacional de Defesa, a FAB é também responsável pelo desenvolvimento de projetos no Setor Aeroespacial, assim como a operação e o monitoramento de satélites. Em vista disso, o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE) estabelece a estratégia de implantação de sistemas espaciais de defesa com uso integrado - militar e civil.
O PESE permite que as operações das Forças Armadas tenham o necessário suporte das aplicações espaciais de forma coordenada e integrada. Além disso, traz benefícios diretos e indiretos a todas as ações de governo em prol da sociedade brasileira.
O Brasil, no contexto da Dimensão 22, não pode prescindir do uso do espaço para benefício de sua sociedade e aprimoramento de seus sistemas de defesa. Incluir o País num cenário global onde poucos detêm a capacidade gerencial, operacional, tecnológica e industrial para fazer uso do espaço requer esforço coordenado entre diversos segmentos da sociedade, a fim de conquistar a independência do Setor Aeroespacial brasileiro.