A manhã ensolarada da capital federal foi o cenário perfeito para a prática esportiva nas vias ladeadas pelos monumentos modernistas da cidade. Neste domingo (27/8), três grandes eventos botaram centenas de pessoas para correr, pedalar, nadar e experimentar a pista de um avião.

Na Ponte JK, a Copa Brasília de Triathlon, promovida pelo MKS Esportes, realizou a terceira etapa do ano. Atletas profissionais e amadores correram, pedalaram e nadaram na competição. O médico Alexandre Brandão, de 41 anos, participou da prova já mirando outro desafio. "Fiz como uma parte do treinamento para uma maratona que eu vou fazer no final de setembro, em Berlim (Alemanha)", revela o profissional de saúde, que destaca os espaços disponíveis em Brasília para as práticas desportivas. "É a oportunidade que a gente tem de usar o lago e fazer ciclismo em um espaço que fica protegido dos carros. É uma possibilidade que a arquitetura de Brasília proporciona", observa.

Alexandre participou da competição ao lado do primo, Matheus Brandão, 30, que vê na capital um lugar propício para a formação de atletas de alto nível. "Se você for correr final de semana no Lago Sul, Lago Norte, no Lago Paranoá, você vai ver bastante gente praticando ciclismo, corrida. Em grandes provas em outros lugares, sempre vai ter muita gente de Brasília", afirma  o analista de marketing.

No Eixo Monumental, apaixonados pela corrida de rua participaram do Circuito Estações edição Primavera. Os atletas ocuparam três faixas das vias S1 e N1 do Eixo Monumental. O percurso partia da altura da Torre de TV e seguia até a Catedral Rainha da Paz, onde faziam o retorno e voltavam para o ponto de partida.

Voo no solo

Nem o Aeroporto Internacional de Brasília escapou dos apaixonados por esporte. Neste domingo (27/8), 2,5 mil corredores apressaram o passo na pista de pousos e decolagens do terminal, na segunda edição do Flying Run, promovido pela Inframerica, com apoio institucional da Força Aérea Brasileira (FAB) e produção da Nosotros. O evento celebrou os 150 anos do pai da aviação, Santos Dumont, com direito a sobrevoo de um avião de caça.

Os atletas largaram às 7h e competiram nas distâncias de 7km, 14km e 21km. A pista que recebeu os atletas tem 3,4 km de comprimento por 45 metros de largura. O evento só foi possível porque o terminal brasiliense conta com duas pistas paralelas. As operações aéreas continuaram a ocorrer na outra pista. A largada foi anunciada por uma radiotransmissão direta do piloto do caça Gripen, que logo em seguida fez três sobrevoos sobre o evento.

Ao longo dos percursos, os corredores foram auxiliados pelos fiscais de pátio que sinalizam as aeronaves no terminal. Aviões da FAB foram expostos ao longo da pista e o carro de bombeiros do Aeroporto refrescou os atletas com jatos de água. Os seis primeiros colocados de cada um dos percursos, nas categorias feminino e masculino subiram ao pódio. A expectativa é que, em 2024, a administradora realize uma nova corrida. Para quem não pode participar desta edição, pode ir se preparando para o ano que vem.

Flying Run celebrou os 150 anos do pai da aviação, Santos Dumont. Os atletas largaram às 7h e competiram nas distâncias de 7km, 14km e 21km. Segundo a Inframérica, administradora do terminal, o evento só foi possível porque o aeroporto tem duas pistas paralelas e, por isso, as operações aéreas não foram afetadas.

A Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), de Guaratinguetá, promoverá um evento “Portões Abertos", como parte das comemorações aos 150 anos de Santos Dumont. Entre as atrações está a Esquadrilha da Fumaça, que realizará um show aéreo.

A celebração será dia 30 de setembro, no Aeroporto Edu Chaves, em Guaratinguetá, das 9h às 16h30. A entrada é gratuita, mas os interessados devem fazer a retirada de um ingresso pelo site, para poder participar.

Segundo a prefeitura de Guaratinguetá, mais de 5 mil ingressos já foram retirados e um novo lote de 5 mil ingressos foi disponibilizado. Caso a procura continue alta, novos lotes serão liberados de acordo com a procura e adequando o planejamento.

Além da Esquadrilha da Fumaça, a festa contará com diversas atrações, como exposições de aeronaves, aeromodelos, apresentações teatrais, área kids, atividades de odontologia para crianças, atividades educativas para idosos, praça de alimentação e sorteio de brindes.

Crianças até 12 anos são isentas de inscrição para o evento. Menores de 18 anos devem estar acompanhados de seus pais ou responsáveis.

Os interessados podem resgatar gratuitamente o ingresso no site. Na entrada, é obrigatória a apresentação do QRCode do ingresso. A organização pede também que se possível, os participantes doem um quilo de alimento não perecível, que será destinado para instituições sociais.

O 3º dia do Glocal Experience Amazônica foi marcado pelo debate sobre políticas de segurança e proteção ambiental para a Região. O debate foi realizado no Palco "Desafios e Soluções", montado no Palácio da Justiça, situado na região central de Manaus ,e foi mediado pelo vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza.

A Glocal Experience Amazônia aborda os desafios da sustentabilidade alinhados à Agenda 2030 e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU. Na ocasião, o vice-governador destacou que eventos temáticos como esse servem também para reforçar a cooperação entre as instituições que atuam na defesa do bioma e das pessoas.

"É a oportunidade de tratar de questões que são sensíveis à Amazônia, que são sensíveis à soberania nacional, além do desenvolvimento da biotecnologia, da proteção dos recursos naturais dentro do patrimônio da Amazônia brasileira, que é capitaneada pelas forças nacionais. Acima de tudo, uma oportunidade de alinhar e de mostrar ao público como é feita a cooperação entre essas instituições", observou.

O painel teve como palestrantes os comandantes do Sétimo Comando Aéreo Regional (VII Comar), major-brigadeiro do ar David Almeida Alcoforado; e do 9º Distrito Naval, vice-almirante Thadeu Marcos Orosco Coelho Lobo; além do chefe do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar da Amazônia (CMA), general Carlos Alberto Rodrigues Pimentel.

Realidade amazônica

Durante os debates, o vice-governador destacou a importância da atuação coordenada do Estado junto ao Exército, à Marinha e à Aeronáutica. Ele reforçou a ideia de que a Amazônia deve ser discutida do ponto de vista de quem vive e conhece, verdadeiramente, a realidade da região em diferentes aspectos.

"São temas que envolvem, diretamente, o interesse de quem mora na Amazônia, os amazônidas. Brasileiros e brasileiras que, muitas vezes, do ponto de vista de quem está em outras localidades do país, são invisibilizados. Mas, aqui, os temas foram tratados por quem mora na Amazônia, por quem conhece a Amazônia e por quem tem interesse em melhorar a qualidade de vida de quem mora na Amazônia", apontou.

As discussões foram acompanhadas por estudantes e profissionais da área da segurança pública; além do diretor-executivo da Glocal, Rodrigo Baggio; o CEO do Grupo Rede Amazônica, Phelippe Daou Junior; e o presidente da Academia Amazonense de Letras (AAL), Robério Braga.

"Essa palestra com os representantes da Forças Armadas é o início de um processo de tornar clara a importância delas na região, não só pela questão da defesa, mas principalmente pelo trabalho social e de sustentabilidade que eles fazem, um trabalho muito importante", disse Phelippe Daou Júnior.

O CEO do Grupo Rede Amazônica também avaliou o evento:

"Os resultados são os melhores possíveis. O grande objetivo era colocar o evento de pé, era que eele acontecesse. Falar de sustentabilidade sob diversos aspectos era o objetivo e acho que isso ocorreu da melhor maneira possível. Teve uma repercussão local, regional, nacional e certamente internacional, e com isso garante que o evento aconteça todos os anos a partir de agora", finalizou.

Um treinamento para que os militares tenham a absoluta certeza que serão resgatados por seus pares quando necessário, mesmo em uma área de conflito. Assim foi finalizada a fase Resgate do Exercício Conjunto (EXCON) Tápio 2023. A segunda etapa do treinamento colocou à prova os conhecimentos dos militares em uma área hostil simulada.

Nessa atividade, a missão é clara: recuperar militares que enfrentam perigos reais, trazendo-os de volta à segurança da base. Essa fase é ativada quando militares estão em situações de risco, seja por terem sido feridos, capturados ou estarem em outras circunstâncias perigosas. O resgate rápido e eficiente desses militares torna-se uma prioridade.

O Chefe da Célula de Cenário no EXCON Tápio, Capitão Aviador Diego Luís Marques Vieira, destaca a importância crucial das operações de resgate. Segundo ele, essa etapa é uma demonstração clara da dedicação das Forças Armadas em assegurar a vida e a integridade dos combatentes, mesmo em circunstâncias desafiadoras. “A precisão e a determinação com que as operações foram conduzidas refletem o treinamento rigoroso e a prontidão das equipes envolvidas”, considera.

Nesse exercício, as operações de resgate foram realizadas com a máxima cautela e agilidade, garantindo que cada militar em situação de perigo fosse resgatado de forma segura e eficiente. A fase não apenas demonstrou a capacidade de resposta das Forças Armadas em cenários adversos, mas também reforçou a importância da interoperabilidade e da coordenação precisa para o sucesso das missões. Tanto no treinamento teórico quanto no prático, houve a presença de militares da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira (FAB).

Pós-resgate

O Hospital de Campanha (HCAMP) da FAB teve participação na fase de resgate, atuando como uma peça vital nas ações de resgate e Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APH-T). Após  realização do resgate, as equipes SAR realizam toda as manobras de estabilização e levam o militar ferido ao HCAMP, onde recebe todo o atendimento necessário.

De acordo com a coordenadora do HCAMP no Exercício, Major Médica Juliana Freire Vandesteen, as operações de treinamento de resgate reforçam ainda mais a resposta ágil e eficiente do HCAMP em situações reais. “Isso torna os cuidados médicos vitais ainda mais eficazes, o que reforça a importância da prontidão e da capacidade de resposta das Forças Armadas em cenários desafiadores”, conclui.

A Embraer e o Exército Brasileiro (EB) concluíram com sucesso o primeiro teste experimental do radar M200 Vigilante. O equipamento esteve operacional na cidade de Parintins (AM), ao longo dos meses de junho e julho, inclusive durante o festival folclórico realizado na cidade amazônica.

A escolha não foi por acaso. “O Festival Folclórico de Parintins apresentou uma oportunidade de testar o desempenho do M200 Vigilante em um ambiente desafiador, como é o da Amazônia. A operação conjunta da Embraer com o Exército e a Força Aérea comprovou a versatilidade, agilidade, precisão e robustez do equipamento já em sua primeira operação. Estamos muito satisfeitos com os resultados”, afirma Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

O sensor acompanhou o tráfego aéreo em um raio de 200 km do aeroporto, de forma ininterrupta, paralelamente ao trabalho dos controladores de tráfego aéreo da Força Aérea Brasileira. Na semana do festival folclórico, foram mais de 800 operações de pouso e decolagens. Além disso, o próprio deslocamento até a cidade amazonense foi um teste de logística, com o uso de um KC-390 da FAB.

O radar M200 Vigilante é um sensor de médio alcance voltado para aplicações de Vigilância Aérea e Alerta Antecipado. Utilizando técnicas avançadas de processamento, é capaz de detectar e rastrear posições e trajetórias, além de classificar os alvos detectados. Possui um sistema integrado de geração de energia, que lhe garante autonomia de operação por até 48 horas, além da facilidade de transporte por plataformas terrestres e aéreas.