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PORTAL G1


Base de Alcântara: decreto que aprova acordo do Brasil com os EUA é publicado no Diário Oficial

Acordo assinado em março, quando Bolsonaro viajou a Washington, permitirá aos norte-americanos lançarem foguetes e satélites da base de Alcântara, no Maranhão.

Publicada em 20/11/2019 14:25

O "Diário Oficial da União" publicou nesta quarta-feira (20) a promulgação do decreto legislativo que aprova o acordo entre os governos de Brasil e Estados Unidos que permitirá aos norte-americanos lançarem foguetes e satélites da base de Alcântara, no Maranhão.

O acordo foi assinado em março, durante a viagem do presidente Jair Bolsonaro a Washington, na qual ele se encontrou com o presidente dos EUA, Donald Trump (veja no vídeo abaixo).

O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas precisava do aval da Câmara e do Senado. As duas Casas aprovaram decreto legislativo que chancela o texto. A promulgação foi assinada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O acordo permite o uso comercial da base de Alcântara. Em troca, o governo brasileiro receberá recursos para investir no desenvolvimento e no aperfeiçoamento do Programa Espacial Brasileiro.

O território onde a base está localizada permanece sob jurisdição do governo brasileiro.

Uso da base

Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a Agência Espacial Brasileira e o Ministério da Defesa poderão entrar na próxima fase do projeto em Alcântara, com a elaboração do plano de operações comerciais da base, com a expectativa de iniciar os lançamentos em 2021.

O presidente Jair Bolsonaro comentou a promulgação do acordo durante entrevista nesta quarta no Palácio da Alvorada. Ele afirmou que Alcântara chama atenção de outros países por ser um local mais barato para lançamentos.

“Estamos em condições de fazer lançamentos. O mundo se interessa porque é mais barato trabalhar com esse material lá, lançamento sai muito mais barato”, avaliou.

O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas proíbe o lançamento de mísseis da base de Alcântara, assim como a produção, a compra e o teste desses. Será permitido somente o lançamento de equipamentos civis de países signatários do Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis (MCTR).

O MCTR busca limitar a proliferação de mísseis e de tecnologia para a fabricação. Portanto, não só os EUA estarão aptos a operar na base. Países que utilizam a tecnologia norte-americana têm a possibilidade de aderir ao acordo.

OUTRAS MÍDIAS


AEROFLAP - Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo realiza Operação Rastro


Agência Força Aérea | Publicada em 21/11/2019 05:13

Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV), localizado em São José dos Campos (SP), realizou, de 14 de outubro e 8 de novembro, a Operação Rastro, que objetivou a validação experimental do Sistema de Trajetografia Óptico (SisTrO), que será usado em ensaios de separação de cargas externas. Este sistema de visão computacional em alta velocidade foi desenvolvido e integrado pela equipe científica das Divisões de Pesquisa e Desenvolvimento (EPD) e Suporte Técnico (EST) e da Seção de Tecnologia da Informação (CTI), como parte do projeto FINEP FEV (Ref.: 01.12.0518.00), que foi firmado entre o IPEV, a Financiadora de Inovação e Pesquisa (FINEP) e a Fundação de Ciências, Aplicações e Tecnologia Espaciais (FUNCATE).

“A ferramenta desenvolvida pelo IPEV é altamente inovadora, não existindo sistema equivalente em nível internacional”, destacou o gerente do Projeto FINEP FEV, Nelson Paiva Oliveira Leite.

Antes da campanha de ensaios em voo foram realizados vários testes em solo visando à integração e validação da nova ferramenta, o que incluiu a calibração das câmeras de alta definição (1980 pixels x 1080 pixels) e alta velocidade (até 400 qps), e a execução de testes de separação em solo.

A primeira etapa da campanha de ensaios em voo envolveu a realização de ensaios para a integração do casulo fotográfico GESPI RTP, modificado para a instalação dos equipamentos do SisTrO na aeronave A-29B e compreendeu a demonstração das qualidades de voo e da resistência estrutural da configuração de ensaio. Para isso, o IPEV contou com a colaboração de equipes especializadas do Instituto de Estudos Avançados (IEAV), Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e Departamento de Ciência e Tecnologia Aroespacial (DCTA), que apoiaram na elaboração de diversos ensaios e análises técnicas que permitiram a emissão da Permissão Especial de Voo (PEV) pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI).

Na segunda etapa, foram realizados quatro lançamentos da bomba de fins gerais BAFG-230, durante os quais foi possível obter em todos os alijamentos da carga a trajetória de separação do artefato e transmiti-la para a estação de telemetria em solo, poucos minutos após o disparo.

“Os resultados obtidos permitirão um grande avanço com relação à segurança e eficiência em futuras campanhas de ensaios de qualificação de armamentos, pois será possível a verificação dos modelos teóricos em um intervalo de tempo reduzido e com maior exatidão do que os métodos atualmente disponíveis”, destacou o Coordenador-Geral da Operação, Tenente-Coronel Bruno Giordano.

AEROFLAP - Projeto que declara São José dos Campos Capital do Avião é aprovado


Pedro Viana | Publicada em 21/11/2019 06:14

O Projeto de Lei 495/2019, de autoria da deputada estadual Leticia Aguiar, que declara a cidade de São José dos Campos “Capital Estadual da Indústria Aeroespacial – Capital do Avião“, recebeu parecer favorável na Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa de São Paulo nesta quarta-feira (06).

A deputada Leticia Aguiar comemorou a aprovação na comissão e ressaltou a importância do projeto para a cidade de São José dos Campos e região.

“Por todo o histórico da cidade, receber o título já seria um importante reconhecimento, mas esse projeto de lei também tem o objetivo de chamar a atenção do Estado Brasileiro para a necessidade de incentivo e capacitação da indústria aeroespacial brasileira para a competição global, além de fomentar o desenvolvimento tecnológico e impulsionar o setor no município, que é responsável pela geração de emprego e renda para a cidade e toda a região ”, explicou a parlamentar.

Antes de ser apreciada pelo Plenário da Alesp, a propositura ainda será analisada por mais duas Comissões da Casa, conforme manda o regimento interno.

Se existe um lugar onde a indústria genuinamente brasileira desenvolve tecnologia, produz, gera emprego e renda, este lugar é São José dos Campos (SP). Maior cidade da Região Metropolitana do Vale do Paraíba no interior paulista, São José cresce junto com a sua principal empresa, a Embraer, de aeronáutica e defesa.

São José dos Campos responde por 95% da cadeia produtiva da indústria aeroespacial e de defesa no Brasil. Essa realidade mostra que dificilmente a cidade perderá espaço para outra localidade nesse segmento.

“Vamos formalizar uma realidade! São José, para nós, já é o centro tecnológico do país e merece, por direito, ser a Capital Estadual da Indústria Aeroespacial ”, disse a deputada Leticia Aguiar (PSL) ao apresentar o projeto de lei que garante essa nomenclatura ao município e abre os trabalhos para ações de valorização do “cluster” aeroespacial brasileiro – uma centena de empresas associadas, de diversos segmentos das cadeias aeronáutica, espacial e de defesa, que representam um faturamento anual médio de US$ 7 bilhões e empregam 19 mil profissionais.

A vocação para o desenvolvimento aeronáutico foi prevista por Santos Dumont, em um dos vários livros escritos por ele e a previsão do “Pai da Aviação” se confirmou. Em 1950, foi instalado o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), atual DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e o (ITA) Instituto Tecnológico de Aeronáutica, além do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em 1961, e em 1969, foi a criada a EMBRAER que se transformou na terceira maior indústria mundial em fabricação de aviões.

O setor aeroespacial e de defesa brasileiro vivem a expectativa de um longo período de oportunidades com a nova empresa criada entre a Boeing e a Embraer, além do crescimento de outras empresas desse segmento no vale.

“Já estamos em tratativas para uma audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o Ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas, para levar até eles a importância dessa cadeia produtiva para a nossa região e para o país. Precisamos reduzir a burocracia e a carga tributária, e abrir o mercado para novas indústrias “, disse a deputada.

Leticia Aguiar destacou ainda a ação de Ozires Silva – coronel da aeronáutica, engenheiro militar formado pelo ITA, que foi o primeiro presidente da Embraer e o primeiro a ocupar o cargo de Ministro da Infraestrutura, durante os anos de 90 e 91 – responsável direto pelo desenvolvimento da atividade industrial aeronáutica em São José dos Campos.

 “Somente pelo histórico, nada mais justo do que dar a São José dos Campos o título de Capital Estadual da Indústria Aeroespacial – Capital do Avião, mas este pedido tem também o objetivo de chamar a atenção do Estado Brasileiro para a necessidade de incentivo e capacitação da indústria aeroespacial brasileira para a competição global. E mostrar ao mundo que é em São José dos Campos, que se desenvolve o “estado da arte” em tecnologia para o setor”, finalizou.