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PORTAL G1


FAB entrega 62 cestas básicas para crianças Yanomami internadas no único hospital infantil de Roraima

Hospital da Criança Santo Antônio atende crianças indígenas resgatadas da Terra Yanomami. O maior território indígena do Brasil enfrenta uma grave crise sanitária.

Da Redação | Publicada em 19/02/2023 15:12

A Força Aérea Brasileira (FAB) entregou 62 cestas básicas ao Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA), em Boa Vista, para garantir o melhor atendimento e bem-estar das crianças Yanomami que estão internadas na unidade.

A ação foi realizada pelo Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz), com o apoio do Primeiro Batalhão Logístico de Selva e faz parte das operações em apoio aos indígenas da Terra Yanomami.

Segundo a FAB, as crianças têm uma alimentação adaptada, sendo a maior parte do cardápio preparada de acordo com os costumes indígenas.

A diretora-geral do Hospital, Francinete Rodrigues, ressaltou a importância desse olhar diferenciado aos indígenas e a adaptação da alimentação das crianças.

“A alimentação para os indígenas é diferenciada, então esses alimentos que estamos recebendo hoje é muito bem-vindo. São alimentos que eles costumam consumir diariamente e que faz parte da dieta deles, a maior parte de indígenas hoje no Hospital Santo Antonio são crianças desnutridas, então veio no momento certo”, disse ela.

Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami enfrenta uma das piores crises sanitárias da história em três décadas de demarcação. Devido ao avanço do garimpo ilegal na região, crianças e adultos enfrentam casos severos de desnutrição e malária.

Desde o dia 16 de janeiro, equipes do Ministério da Saúde e Força Aérea fazem o resgate de crianças nas comunidades e mandam para Boa Vista os casos que precisam de internação. Nos quadros mais graves, as crianças são internadas na única unidade de atendimento infantil.

O Hospital da Criança conta com uma ala especial dedicada a atender as crianças indígenas. A estrutura tem capacidade de acolher até 28 pacientes, lugar para redário e banheiros adaptados aos costumes.

O atendimento médico é realizado com atenção especial às suas particularidades culturais e necessidades de saúde específicas. Uma parte da equipe médica que atua na unidade já trabalhou nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei), que receberam treinamento para lidar com as especificidades da cultura e saúde indígenas.

 

Crise humanitária Yanomami

A Terra Yanomami tem mais de 10 milhões de hectares distribuídos entre os estados de Amazonas e Roraima, onde fica a sua maior parte. São cerca de 30 mil indígenas vivendo na região, incluindo os isolados, em 371 comunidades.

A presença do garimpo, principalmente nos últimos quatro anos, na gestão de Jair Bolsonaro, provocou a disseminação de doenças, levando a um cenário de crise humanitária.

Em janeiro deste ano, o presidente Lula esteve em Roraima para acompanhar a crise sanitária dos Yanomami. Na ocasião, ele prometeu pôr fim ao garimpo ilegal na Terra Yanomami. Ele classificou a situação dos indígenas doentes como desumana.

A região está em emergência de saúde desde 20 de janeiro e, inicialmente, por 90 dias, conforme decisão do governo Lula. Órgãos federais auxiliam no atendimento aos indígenas.

As ações de desintrusão — expulsão dos garimpeiros do território — são coordenadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Com o início das ações de repressão contra a atividade ilegal, como o controle do espaço aéreo, garimpeiros tentam deixar a região.

PORTAL TECNOLOGIA E DEFESA


Operação Yanomami – Nova base de operações


Da Redação | Publicada em 19/02/2023 13:35

O Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz), por meio do Exército Brasileiro (EB), realizou, nos dias 16 e 17 de fevereiro, o apoio logístico para a montagem de uma base de operações na região da Base de Proteção Etnoambiental (BAPE) Walo Pali, na Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima, cooperando com a Operação Yanomami 2023.

Na atividade, desenvolvida em conjunto com a Força Aérea Brasileira (FAB), com a Polícia Federal, com a Força Nacional e com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a 1ª Brigada de Infantaria de Selva (1ª Bda Inf Sl) realizou a montagem de duas barracas e dez camas de campanha, por meio do 1º Batalhão Logístico de Selva (1º B Log Sl).

Militares do 1º B Log Sl transportaram o material até a Base Aérea de Boa Vista (BABV), onde foram conduzidos por militares da FAB em um helicóptero H-36, do 3º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação (3º/8º GAV), o “ Esquadrão Puma”, até a região da BAPE Walo Pali, às margens do Rio Mucajaí.

Publicado em 20 de janeiro de 2023, o Decreto Presidencial nº 11.384 instituiu o Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das Populações em Território Yanomami. Em complemento ao referido decreto, foi editado, em 30 de janeiro de 2023, o Decreto Presidencial nº 11.405, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e de combate ao garimpo ilegal no território Yanomami a serem adotadas por órgãos da administração federal, com atuação dos Ministérios da Defesa, da Saúde, do Desenvolvimento Social e Assistência Social, da Família e Combate à Fome e dos Povos Indígenas.

Em 3 de fevereiro de 2023, por meio da Portaria GM-MD nº 710, do Ministério da Defesa, foi aprovada a Diretriz Ministerial que ativou o Comando Operacional Conjunto Amazônia (Cmdo Op Cj Amz) e orienta o apoio das Forças Armadas para as ações de enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e de combate ao garimpo ilegal no Território Yanomami, localizado na área do Estado de Roraima e parte do estado do Amazonas.

A atuação das Forças Armadas, por meio do Ministério da Defesa na Operação Yanomami 2023, composta por militares do Exército Brasileiro (EB), Marinha do Brasil (MB) e Força Aérea Brasileira (FAB), acontece a partir da Base Aérea de Boa Vista (BABV), em Roraima (RR), com as missões de lançamento e distribuição de cestas básicas para atender aos indígenas; o envio de suprimentos para reconstrução da pista do Aeródromo de Surucucu (RR); as Evacuações Aeromédicas (EVAM) para atendimento no Hospital de Campanha (HCAMP); o controle e fiscalização do espaço aéreo com a criação da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA); o fornecimento de dados de inteligência; e o transporte aéreo logístico das equipes da Polícia Federal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), da Força Nacional de Segurança e dos demais órgãos e entidades da administração pública federal que participam diretamente da neutralização de aeronaves e de equipamentos relacionados com a mineração ilegal.

Até a presente data, foram realizadas as seguintes ações: 1.408 atendimentos no Hospital de Campanha (HCAMP) da FAB; 6.348 entregas de cestas básicas; 119 toneladas de materiais transportados; 490 militares envolvidos; 13 aeronaves; mais de 798 horas de voo; e 84 evacuações aeromédicas.

Estão em atuação, para atendimento às demandas, as aeronaves A-29, E-99, R-99, C-98 Caravan, KC-390 Millennium, C-105 Amazonas, H-60 Black Hawk e H-36 Caracal, da FAB; o HM-2 Black Hawk e HM-4 Jaguar do EB; e o UH-15 Super Cougar da MB.