NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL AEROIN


Com apoio do H-60 Black Hawk, Forças Armadas realizaram Evacuação Aeromédica de indígenas Yanomami


Murilo Basseto | Publicada em 11/05/2025

O Comando Conjunto da Operação Catrimani II informa que as Forças Armadas realizaram evacuação aeromédica emergencial na tarde da quinta-feira (8), no contexto da Operação Catrimani II, na região de Porto do Arame, próxima à Estação Ecológica de Maracá, a 122 km de Boa Vista (RR).

Após acionamento pela Casa de Governo, o Comando Conjunto da Operação mobilizou o helicóptero H-60 Black Hawk, da Força Aérea Brasileira, com uma equipe de saúde do Exército Brasileiro. Foram resgatados sete pacientes e quatro acompanhantes indígenas Yanomami, dentre eles um homem com suspeita de fratura na tíbia, cinco pacientes com suspeita de malária, sendo uma idosa, e três crianças.

Os pacientes foram transportados até a Base Aérea de Boa Vista, de onde o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) conduziu o transporte até o Hospital Geral de Roraima para dar continuidade do tratamento.

O socorrista Rui Deglan, integrante do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI – Yanomami), agradeceu a ajuda das Forças Armadas: “A gente agradece o pessoal da Operação Catrimani. Eles têm apoiado muito e não somente nessa operação. Graças a Deus tem um médico do Exército nessa operação.”

Prontidão Permanente e Operacionalidade das Forças Armadas

O Comando Conjunto da Operação Catrimani II mantém estado de prontidão, consequência do treinamento contínuo e manutenção rigorosa de equipamentos. Essa capacidade assegura resposta rápida a emergências em áreas remotas, garantindo apoio aeromédico imediato a comunidades indígenas Yanomami.

A Operação Catrimani II é conduzida pelo Comando Conjunto em coordenação com a Casa de Governo, tendo como objetivo principal o combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY).

Instituída pela Portaria GM-MD Nº 1.511, de 26 de março de 2024, essa operação busca desmantelar estruturas que sustentam a mineração clandestina, proteger o meio ambiente e garantir a segurança das comunidades indígenas. Assim, reafirma o compromisso das autoridades em preservar o território Yanomami, proteger os povos indígenas e combater crimes ambientais que ameaçam uma das maiores reservas naturais do Brasil.

 

 

 

OUTRAS MÍDIAS


BARBACENA MAIS - Mães militares são inspiração para filhos estudarem na EPCAR

Em alusão ao Dia das Mães, confira a história da Coronel Intendente Sheyla e da Suboficial Renata, militares da Aeronáutica e mães de Alunos da Escola Preparatória

Da Redação | Publicada em 11/05/2025

O Dia das Mães, comemorado neste domingo (11/05), é uma data para homenagear a maternidade em todo o mundo. Na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), muitos Alunos miram no exemplo das mães militares, sejam das Forças Armadas, sejam das Forças Auxiliares.

MISSÕES: MÃE E CORONEL INTENDENTE

"Desde pequena minha mãe sempre me contou histórias de quando voava planador no que antes era chamado de Clube de Voo a Vela. Quando cresci ela me mostrou a oportunidade de poder ter a minha própria experiência com o voo por meio do concurso da EPCAR”, conta a Aluna Camilla Sales Coelho, da Turma Thunderbolt, o 3º Esquadrão da Escola Preparatória. Ela e o irmão, Cauã Sales Coelho, da Turma Black Hawk (1º Esquadrão), são filhos da Coronel Intendente Sheyla Fernandes Sales.

A Coronel Sheyla foi da primeira Turma de Intendência com mulheres na Academia da Força Aérea Brasileira (AFA), em 1996. "Ser mãe nunca me impediu de continuar estudando, trabalhando, assumindo novas responsabilidades, passando por diversas mudanças de domicílio ou adaptações a novas cidades. Pelo contrário, meus filhos sempre foram minha maior motivação", descreve ela.

Camilla e Cauã continuarão o legado da família no Oficialato, mas antes disso foi o pai da Coronel Intendente Sheyla o primeiro a ingressar na Força Aérea Brasileira (FAB). Taifeiro da FAB, Francisco Sales fez com que a Coronel passasse a conviver com as mulheres da Aeronáutica e admirá-las. Quando surgiu a oportunidade de ingressar na AFA, ela aproveitou a chance. “Enxerguei na carreira militar uma forma de desafiar limites, superar desafios e, ao mesmo tempo, abrir portas para outras mulheres na AFA. Acabei descobrindo habilidades pessoais que desconhecia e faria tudo novamente”, diz.

Assim, a trajetória da Coronel Intendente passou a ser marcada por momentos de aprendizado: foi a primeira piloto militar de planador da FAB em 1996, assumiu o comando da Prefeitura de Aeronáutica de Natal (PANT) em 2019-2020 e foi chefe do Grupamento de Apoio dos Afonsos (GAP-AF), na sua reativação em 2023-2024. Hoje, ela faz o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE) na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro.

Para a Coronel Intendente Sheyla, cada obstáculo superado fortaleceu o seu compromisso com a Força Aérea Brasileira e com a sua família. “Ver hoje os dois como alunos da EPCAR me orgulha e emociona profundamente. Eles são a prova viva de que é possível equilibrar carreira e maternidade com amor, determinação e apoio mútuo. A vida militar me ensinou e agora ensina a eles valores como coragem, lealdade, honra, dever, patriotismo, hierarquia, disciplina e responsabilidade”, explica.

DAS HISTÓRIAS DE GUERRA AO SONHO DE ESTUDAR NA EPCAR

A Aluna da Turma Xavante (2º Esquadrão da EPCAR), Júlia de Lemos Feltrin, cresceu ouvindo as histórias de heroísmo do seu bisavô, Edison Carlos de Lemos. Pracinha da Força Expedicionária Brasileira (FEB), ele foi um dos sobreviventes do navio brasileiro de carga e passageiros Itagiba, torpedeado no dia 17 de agosto de 1942 pelo submarino alemão U-507, no litoral da Bahia. Depois, sobreviveu aos conflitos na Itália durante a Segunda Guerra Mundial.  "Minha mãe me contava, com muito orgulho, a história do meu bisavô, pracinha que participou da guerra e foi sobrevivente do naufrágio do navio Itagiba. Ela também me contava sobre tudo o que já passou na FAB, e isso criou em mim muito patriotismo e vontade de servir ao meu País", explica.

Feltrin é filha da Suboficial Controladora de Tráfego Aéreo Renata Tavares de Lemos, que também teve a infância marcada pelos relatos da Segunda Guerra Mundial — na foto ao lado, as duas quando Renata ainda era Primeiro-Sargento. "Eu tinha muita admiração pelo meu avó, pelo homem corajoso e forte que ele foi. Depois de sobreviver a um naufrágio, ainda foi para a guerra, e tudo isso por amor ao País. O tempo que ele ficou no mar, o quanto que ele nadou. Hoje, eu sou muito feliz na carreira que escolhi, sinto que sou uma continuidade dele, e mais ainda agora pela minha filha", relata a Suboficial.

A preparação de Júlia para ser aprovada no Curso Preparatório de Cadetes do Ar (CPCAR) durou cinco meses, mas o diferencial foi o apoio da mãe militar. "Desde cedo, ela me ensinou o valor da disciplina, da responsabilidade, da honestidade e da justiça. Sempre me incentivou a lutar pelos meus objetivos com determinação, mesmo diante das dificuldades. Eu acho que o exemplo da minha mãe, de força, resiliência e integridade, refletem exatamente os princípios e os valores que a vida militar preza", afirma a Aluna.

À época, mãe e filha conheceram uma Cadete do Ar, e foi a partir disso que a Suboficial Renata ficou tranquila com a decisão da filha de ser aviadora. "A Cadete Laniz foi importante para a Júlia, pois falou da EPCAR e respondeu todas as minhas dúvidas, o que me deixou em paz com a decisão da minha filha de querer ser aviadora. Quando ela não ia bem nos simulados, eu sempre conversava e falava que ela ia melhorar. Ela passou em 6º lugar, depois subiu para o 2º lugar", explica.

Atualmente, a Suboficial Renata serve no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), em São José dos Campos. Ela descreve os desafios e as maravilhas de ser militar e mãe. "Envolve orgulho, amor e preocupação. É aprender a cada dia a lidar com a distância e com a saudade. Eu não tenho palavras para expressar o quanto a minha filha foi brava e é até hoje, com toda a rotina que ela tem, com a distância da família, mas eu vejo que ela tem muito amor pelo que faz. A Júlia está na EPCAR porque ama tudo isso e tem um sentimento de pertencimento grande pelo Brasil”, completa.