SANTOS DUMONT
152 anos do gênio que ensinou o mundo a voar
No dia 20 de julho de 1873, em Minas Gerais, nascia Alberto Santos Dumont, o brasileiro que tirou do papel o antigo sonho de voar e colocou o país no centro da história da aviação mundial. Filho de Francisca e Henrique Dumont, cresceu no Sítio Cabangu cercado por livros, máquinas e muita curiosidade. Com criatividade, coragem e um olhar sempre à frente do seu tempo, transformou o impossível em realidade. Hoje, 152 anos depois, o legado do homem que ficou conhecido como o Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica Brasileira segue mais vivo do que nunca.
Desde cedo, Dumont já demonstrava que era diferente. Fascinado pelos livros de Júlio Verne e incentivado pelo pai a explorar o mundo das engrenagens, decidiu ainda jovem sair do Brasil e buscar novos horizontes. Aos 18 anos, desembarcou em Paris e mergulhou no universo das experiências científicas. Começou pelos balões e dirigíveis, até criar o invento que mudaria tudo: o 14-Bis.
Foi em 23 de outubro de 1906 que Santos Dumont fez história. Na frente de uma multidão, seu avião decolou sozinho sem ajuda externa e provou ao mundo que voar era, sim, possível. Mais do que um grande inventor, ele se tornou símbolo de ousadia, generosidade e inovação. Depois disso, veio o Demoiselle, um modelo leve, elegante e tão influente que serviu de base para diversas aeronaves nas décadas seguintes.
Mas Dumont foi além das máquinas. Sua forma de pensar inspirou gerações e ajudou a construir o que conhecemos hoje como a aviação brasileira. Sua visão de futuro influenciou diretamente na criação do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), idealizado pelo Marechal do Ar Casimiro Montenegro Filho, e da Embraer, fundada por Ozires Silva. Dois grandes nomes que, assim como ele, acreditaram que o Brasil podia ir mais longe.
Esse mesmo espírito segue pulsando na Força Aérea Brasileira. Em cada missão, em cada decolagem, nas ações do dia a dia, há um pouco da ousadia de Santos Dumont. Da imagem dos balões que cruzaram os céus de Paris ao moderno KC-390 Millennium e às operações espaciais, a influência do Patrono da Aeronáutica continua presente.
Mais do que um gênio da engenharia, Santos Dumont foi a prova viva de que sonhar grande, com propósito e dedicação, pode mudar o mundo. Ele não buscava fama, fortuna ou reconhecimento; queria apenas que suas invenções fossem úteis, acessíveis, ajudassem as pessoas, aproximassem distâncias e transformassem o mundo. Dumont se tornou um símbolo de que sonhar alto e acreditar na realização é possível, mesmo diante das incertezas do tempo.
Os 152 anos de nascimento de Santos Dumont foram comemorados na cerimônia que também celebrou 80 anos do Vitorioso Regresso, realizada em Brasília (DF), no dia 16 de julho. Na ocasião, a Força Aérea Brasileira homenageou 180 personalidades com a Medalha Mérito Santos Dumont. A honraria, concedida anualmente, reconhece civis e militares brasileiros e estrangeiros que se destacam por relevantes serviços prestados à Aeronáutica Brasileira. Também foram agraciados militares do Comando da Aeronáutica que se sobressaíram no exercício da profissão, além de integrantes das Forças Armadas nacionais e internacionais que se tornaram credores de homenagem especial.
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Fotos: Arquivo FAB