INAUGURAÇÃO

ITA inaugura Centro de Pesquisa em Engenharia para a Mobilidade Aérea do Futuro

Evento contou com a participação do Governador do Estado de SP, da EMBRAER e da FAPESP
Publicada em: 17/03/2023 13:15
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Fonte: DCTA, por Aspirante Alessandra Borges
Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Capitão Alcoforado

Durante cerimônia realizada no dia 14/03, no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), no Campus do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), foi inaugurado o Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) para a Mobilidade Aérea do Futuro. Fruto de uma parceria entre o ITA, a EMBRAER e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o Centro visa realizar pesquisa de alto nível, com foco no desenvolvimento científico e inovação tecnológica.

Reunindo centros de ensino nacionais e internacionais, as atividades de pesquisa do CPE serão desenvolvidas com base em três pilares: aviação de baixo carbono, sistemas autônomos e manufatura avançada. O pesquisador responsável pelo Centro, Professor Doutor Domingos Alves Rade, explicou que este modelo de investimento busca formar uma rede de pesquisa dedicada a problemas complexos de Engenharia, que exigem tempo maior para o desenvolvimento de soluções e financiamento contínuo. “Serão cinco anos iniciais, com possibilidade de prorrogação por mais cinco anos, na expectativa de que, após esse período, as atividades do Centro continuem sendo desenvolvidas com fontes complementares de financiamento”, disse.

O Reitor do ITA, Professor Doutor Anderson Ribeiro Correia, reforçou que o Centro de Pesquisa é baseado no conceito de “tríplice hélice”, que envolve o Governo, a Ciência e a Indústria. “O que pretendemos fazer a partir de agora é dar todo o suporte necessário para que os mais de cem pesquisadores envolvidos no projeto façam com que o Brasil esteja na vanguarda do conhecimento, criando aquilo que vai ajudar no desenvolvimento do nosso país e de uma sociedade melhor”, apontou.

O Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, relembrou que o ITA deu início a muitas conquistas para o setor aeroespacial brasileiro e que, agora, se inicia uma nova fase. “Essa iniciativa do ITA, FAPESP e EMBRAER ratifica o pensamento do Marechal Montenegro que tanto valorizava a ciência, a tecnologia e a inovação como indutores do desenvolvimento de nosso País. Nossos engenheiros e pesquisadores terão todo o suporte necessário para encontrarem as melhores soluções para diversos temas de interesse do setor aeroespacial”, destacou.

O Governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comentou que investir em inovação é sinônimo de crescimento e desenvolvimento. “Nós temos que impulsionar o investimento em tecnologia no Estado de São Paulo. Neste Centro de Pesquisa vamos ver a inovação, a criação de recursos humanos e de tecnologias. É a possibilidade de nos mantermos como destaque na aviação mundial, desenvolvendo grandes produtos e tendo protagonismo na indústria aeronáutica internacional”, completou. 

Também participaram do evento o Vice-Governador de São Paulo, Felício Ramuth; o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, Vahan Agopyan; professores, pesquisadores e autoridades civis e militares.

Investimento

Com investimento previsto em cerca de R$ 48 milhões, as pesquisas desenvolvidas no CPE devem ter como um dos aspectos de destaque a internacionalização, com aumento da visibilidade do que é produzido no Brasil, além da difusão do conhecimento e a transferência tecnológica.

O presidente da FAPESP, Professor Doutor Marco Antonio Zago, reforçou a importância de aumentar a quantidade e a qualidade das pesquisas. “O fortalecimento destas iniciativas reforça novas fases da FAPESP, que, além de fomentar pesquisas básicas e programas de formação de recursos humanos, se volta para estas implicações práticas”.

Falando sobre o futuro do setor aeronáutico, o Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da EMBRAER, Luis Carlos Affonso, comentou o desafio de alcançar metas do mercado internacional, como a neutralidade na emissão de gases de efeito estufa nas próximas décadas. “Num cenário de intensa competição global é necessário trabalhar incansavelmente para conquistar o direito de continuar existindo e de crescer. Capacitar profissionais e desenvolver tecnologias vai contribuir para a competitividade, longevidade e excelência do setor aeroespacial brasileiro”, afirmou.

Fotos: Cabo J. Alves / DCTA

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