ESPACIAL

Foguete sul-coreano chega ao Brasil para ser lançado de Alcântara

A chegada do foguete, transportado pelo Boeing 747, marca o início oficial da Operação Astrolábio, momento que entrará para a história do Programa Espacial Brasileiro
Publicada em: 09/12/2022 16:21
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Fonte: DCTA, por Tenente Carolina Redlich
Edição: Agência Força Aérea

Entre os dias 03 e 04 de dezembro de 2022, o grandioso Boeing 747 pousou no aeroporto internacional de São Luís (MA) trazendo o foguete sul-coreano HANBIT-TLV, desenvolvido pela empresa INNOSPACE, que será lançado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

O veículo foi trazido, da Coréia do Sul até São Luís do Maranhão, a bordo de um Boeing 747 e sua chegada mobilizou equipes da Força Aérea Brasileira (FAB), da INNOSPACE, do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) e do Grupo CCR, concessionária que administra o aeroporto de São Luís.

O pouso chamou a atenção de várias pessoas que passavam pelo local para verem uma aeronave tão imponente em solo maranhense. “É a primeira vez que um Boeing 747 pousa nesse aeroporto. Estamos diante de uma Operação importantíssima e que tem tudo para fazer história”, comentou o Controlador de Tráfego Aéreo, Sargento Ferreira Brito.

Após serem descarregadas da aeronave, as partes do foguete, que somam mais de 8 toneladas, foram colocadas em 3 carretas para dar continuidade ao transporte, via ferry boat, até a cidade de Alcântara.

Depois de mais de 12 horas de trâmites operacionais e logísticos, o HANBIT- TLV finalmente chegou ao CLA, no Prédio de Preparação de Propulsores (PPP), local onde será integrado à carga útil Sistema de Navegação Inercial (SISNAV), desenvolvida pelos militares e profissionais civis do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

“A cadeia logística montada para atender a essa Operação é algo gigantesco e extremamente complexo, afinal estamos trabalhando em um lançamento inédito. Esse ineditismo está na tecnologia propulsora do foguete, que é totalmente nova, e na sinergia entre uma empresa privada estrangeira e a Força Aérea Brasileira, principalmente por utilizarmos o veículo de outra nação para testar e qualificar um experimento nacional. Dentro desse processo, surgem muitos desafios, que já estão sendo superados, mostrando a viabilidade de uma Operação, espacial e comercial, a partir do CLA”, explicou o Diretor de Negócios da INNOSPACE do Brasil, Élcio Jeronimo de Oliveira.

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Fotos: DCTA