DATA COMEMORATIVA

Simpósio marca os 40 anos da mulher militar na FAB

A Força Aérea Brasileira (FAB) é, atualmente, a Força Armada com maior participação feminina em seus quadros, com 13 mil mulheres militares
Publicada em: 02/09/2022 09:00
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Fonte: Agência Força Aérea, por Aspirante Roberta Nunes

Uma história que começou em 1982 e 40 anos depois segue trilhando uma trajetória de ascensão com inúmeras conquistas. Para celebrar os 40 anos desta jornada, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou na quinta-feira (01/09), na Escola Superior de Defesa (ESD), em Brasília (DF) o “Simpósio Mulheres que Inspiram”, como forma de enaltecer a representatividade feminina na Instituição. A data relembra a criação do Corpo Feminino da Reserva da Aeronáutica (CFRA), que constituiu o Quadro Feminino de Oficiais (QFO) e o Quadro Feminino de Graduadas (QFG).

O evento trouxe experiências de algumas mulheres colegas de farda, além de outras que conquistaram espaços de destaque em suas áreas profissionais. O Objetivo do Simpósio foi motivá-las ainda mais, demonstrando o quanto a dedicação e os exemplos apresentados no dia a dia são imprescindíveis para a FAB em suas diversas funções.

“Agradecemos por nos inspirarem com delicadeza, pela coragem, pela imparcialidade e pela dedicação ao nosso Brasil. Atributos, que também, nos inspiram como militares e cidadãos”, discursou o Comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos Almeida Baptista Junior, durante a abertura do evento.

Entre as palestrantes, a Vice-Procuradora-Geral Lindôra Maria Araújo, a Ministra do Superior Tribunal Militar (STM) Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, além de militares pioneiras em diversas funções desta Força.

Para a Ministra do STM, Elizabeth Guimarães iniciativas como esta são fundamentais para o fortalecimento da equidade. “É uma conquista de toda a sociedade, não apenas das mulheres, mas também dos homens, que estão entendendo que a igualdade é produtiva e eficaz, o que faz com que as tropas trabalhem muito melhor com as diferenças entre elas e todos possam viver harmonicamente”, destacou.

Já para a Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins, primeira mulher promovida ao Posto de Oficial-General da FAB, o Simpósio é uma forma de inspirar outras mulheres, enaltecendo aquelas que quebraram tabus e iniciaram na carreira militar. “Um evento de fundamental importância, porque valoriza e traz à tona debates tão importantes. É na liderança que as diretrizes são comunicadas, onde se garantem os recursos, os meios, o orçamento e monitoram-se os resultados direcionando caminhos. Então, é essencial reconhecer o pioneirismo daquelas mulheres que abriram as portas, os caminhos e me permitiram chegar onde cheguei”, ressaltou a Brigadeiro. 

A Mulher na FAB

O ingresso das mulheres na Força, como parte do efetivo, ocorreu a partir dos anos 80. Na ocasião, viu-se a necessidade de ampliar o contingente e, por isso, foram realizados estudos para a inclusão da mulher como militar na Força. As pesquisas culminaram na criação do Corpo Feminino da Reserva da Aeronáutica (CFRA), que constituíram o Quadro Feminino de Oficiais (QFO) e o Quadro Feminino de Graduadas (QFG). A primeira turma de mulheres ingressou na FAB em 1982.

Em 1995, o então Ministro da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Mauro José Miranda Gandra, deu início aos trâmites para que as mulheres pudessem, pela primeira vez, ser Cadetes da Academia da Força Aérea (AFA). Em 1996, ingressaram as primeiras Cadetes Intendentes na AFA, que atingiram o posto de Coronel em agosto de 2017. Elas poderão chegar até o posto de Major-Brigadeiro, maior patente deste quadro.

O ano de 1996 também foi considerado um marco para o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), pois contemplou o primeiro concurso aberto às mulheres. De um total de 3.800 inscritos, que disputavam as 120 vagas disponíveis, 530 eram candidatas. O ITA já formou 160 mulheres nesses 20 anos, tendo uma média de 8 graduadas por ano.

Na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), que abrange os ensinos de nível médio e técnico, as mulheres ingressaram em 1998. Dependendo da especialidade escolhida, elas podem alcançar o posto de Coronel.

Também na AFA, em 2003, ingressaram as primeiras Cadetes Aviadoras. Atualmente, elas ocupam o posto de Major. As Aviadoras ocupam funções como pilotos de todas as Aviações da FAB e podem chegar ao posto de Tenente-Brigadeiro, o mais alto na hierarquia da Aeronáutica.

Em 2017, a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), em Barbacena (MG), passou a admitir mulheres em todos os anos do ensino médio em seu Curso Preparatório de Cadetes do Ar (CPCAR). Após três anos de curso, as concluintes se tornaram Cadetes, ingressando na AFA neste ano.

O ano de 2020 entrou para a história da Força Aérea Brasileira (FAB). Pela primeira vez, uma militar do corpo feminino da FAB foi promovida ao Posto de Oficial-General da FAB. A atual Diretora do Hospital Central da Aeronáutica (HFAG), Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins, foi escolhida para promoção ao Posto de Brigadeiro, durante reunião do Alto-Comando da Aeronáutica, realizada em Brasília (DF).

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