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Conheça histórias de filhos que seguiram os passos dos pais na FAB

Reportagem especial em homenagem ao Dia dos Pais conta duas histórias inspiradoras de relações entre pais e filhos
Publicada em: 14/08/2022 08:40
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Fonte: Agência Força Aérea, Aspirante Vasconcelos
Edição: Agência Força Aérea

Nascido em 10 de janeiro de 1948 e falecido em 17 de janeiro deste ano, o Suboficial da Especialidade de Infantaria Waldyr Moyses de Oliveira se formou em 1971 na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP). Formado em Contabilidade, o militar trabalhou por muito tempo no Sétimo Comando Aéreo Regional (VII COMAR), na Base Aérea de Natal (BANT) e nos antigos Batalhões de Infantaria da Aeronáutica Especial (BINFAE). 

Pai do Capitão Médico da Força Aérea Brasileira (FAB), Waldyr Moyses de Oliveira Júnior, o Suboficial sempre fazia questão de mostrar ao filho a felicidade que sentia em servir à Instituição. Após concluir a residência médica em Otorrinolaringologia, o Capitão resolveu, em 2006, ingressar na Aeronáutica como Oficial Médico temporário e, em 2009, prestou o concurso para o Curso de Adaptação de Médicos da Aeronáutica (CAMAR), ocasião em que também foi aprovado. 

“Na época, eu já tinha decidido que entraria na FAB. Para os meus pais, seria melhor se eu fosse para Natal. Mas lembro bem de uma conversa que tive com o meu pai após eu concluir a residência médica, e ela foi decisiva na minha vida. Ele disse: "a Força Aérea que você quer está no Sétimo Comando Aéreo Regional (COMAR), em Manaus, no Amazonas. Lá, você terá experiências no Correio Aéreo Nacional, participará de ações cívico-sociais, realizará evacuações aeromédicas frequentes, dentre diversas outras ações. Então ficou mais fácil decidir”, lembrou. 

O capitão relata que o Suboficial sempre contava histórias de missões para o filho. Isso o deixou com mais curiosidade e desejo de pertencer à Força Aérea. “Meu pai contava que quando ia cumprir missões - as famosas missões de misericórdia -, toda a equipe se emocionava ao resgatar os enfermos. Todo o trabalho realizado pela FAB na Amazônia, também, me deixava curioso e com desejo de tornar-me médico e poder colaborar com a nossa Nação. Diversas coisas já melhoraram muito com a contribuição da Força Aérea e, diariamente, continuamos contribuindo para que o Brasil cresça ainda mais”, finalizou. 

O Oficial destacou a importância do pai para ajudar a decidir sobre a vida profissional. “Se eu pudesse dizer algo a ele hoje, diria muito obrigado por todos os ensinamentos e pela inspiração que foi e é pra mim até hoje”, finalizou.

De pai para filho

Uma outra história é a do Suboficial Especialista em Eletrônica (BET), da reserva, Daniel Roberto Matias, de 66 anos, com o seu filho, o Sargento Especialista em Sistema de Informação (SIN), Gabriel de Oliveira Matias, de 34 anos, que hoje trabalha na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), mesmo local onde o seu pai trabalhou como monitor. 

O Suboficial Daniel se formou como Sargento na Especialista em dezembro de 1974, e, em seguida, foi designado para o Serviço Regional de Proteção ao Voo de Recife (SRPV-RF), onde serviu até o final do ano de 1990. “São muitas lembranças de amizades e de bom companheirismo. Trabalhei por muito tempo em comunicação, navegação e aferição de instrumento. Para mim, foi muito bom, gostei muito do trabalho que realizei durantes esses anos”, disse. 

No início de 1991, o Suboficial retornou para a Especialista, porém não mais como aluno e, sim, como instrutor da Especialidade Eletrônica, até 2003. “Eu pedi transferência para Guará, em São Paulo, e fui encaminhado para a Escola de Especialistas de Aeronáutica, em Guaratinguetá. Como monitor, eu tive que estudar bastante para pegar o esquema de escola, que é muito diferente de proteção ao voo, e passei a servir nos galpões de eletrônica”, informou. 

O filho do Suboficial, o Sargento Gabriel, explicou que, até 2003, morava com a família na vila militar que fica dentro da EEAR. Com isso, diversas vezes acompanhou o pai até o trabalho, o que acabou despertando nele o desejo de tornar-semilitar da Força Aérea Brasileira (FAB). Passados alguns anos, mais especificamente em 2009, o Sargento Gabriel também se formou na EEAR, e, desde então, passou a trabalhar na Escola.

“Um dos irmãos do meu pai também é Suboficial reformado, e o outro foi aluno. Já do lado da minha mãe, uma de suas irmãs foi Sargento e seu marido também, além disso, um dos cunhados da minha mãe foi da turma do meu pai como aluno estrangeiro, vindo do Panamá. O meu avô materno foi servidor civil na biblioteca da EEAR. Sinto como se eu ganhasse a chance de retribuir à FAB tudo que me foi dado desde criança, em relação à estrutura de saúde, qualidade de vida, amizades. Me sinto parte da FAB a cada reportagem que vejo, a cada ação realizada”, destacou. 

Emocionado, o Suboficial relata ter muito orgulho do filho por decidir seguir a carreira dele como militar da FAB.  “Gabriel me dá muito orgulho, pela forma como conduz os trabalhos, a preocupação que ele tem em fazer o serviço bem feito, enfim, desejo a ele muita felicidade, muito apoio, não só dos colegas, mas como de todos os envolvidos em cada área, e espero que ele se realize realmente”, finalizou.