BUSCA E SALVAMENTO

Para que outros possam viver

A Aviação de Busca e Salvamento – que comemora a sua data em 26 de junho – conta com vetores aéreos de vanguarda, com capacidade de cumprir as mais variadas missões em todo o território nacional
Publicada em: 26/06/2020 08:30
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Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Flávia Rocha
Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Tenente-Coronel Santana

Um acidente de avião, um naufrágio ou um desastre natural. Não importa a hora ou o local. Salvar vidas é a principal tarefa de uma elite de militares que têm na sua essência a superação dos próprios limites. Pronto para cumprir missões 24 horas por dia, o Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação – Esquadrão Pelicano (2°/10° GAV), especializado em missões SAR (sigla que se origina do inglês Search and Rescue) e CSAR (SAR em ambiente hostil), comemora o Dia da Aviação de Busca e Salvamento – 26 de junho – com recursos cada vez mais avançados.

Segundo o Comandante do 2°/10° GAV, Tenente-Coronel Aviador Leonardo Machado Guimarães, atualmente, o Esquadrão Pelicano, sediado na Ala 5 – Base Aérea de Campo Grande (MS), conta com vetores aéreos de vanguarda e tripulação cada vez mais capacitada para cumprir missões em toda a área de responsabilidade brasileira (22 milhões de km²). Para isso, utiliza, entre outras, as capacidades do Radar de Busca Sintética, das câmeras com sistema eletro-óptico infravermelho (FLIR, sigla em inglês para Forward Looking Infra-Red) e de óculos de visão noturna nas aeronaves SC-105 Amazonas e H-60L Black Hawk. “Além disso, o Esquadrão destaca-se pela capacidade de realizar missões de Evacuação Aeromédicas (EVAM) e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea, com o uso, inclusive, de equipamentos de Defesa contra Agentes Químicos, Biológicos, Radiológicos e Nucleares (DQBRN)”, afirma o Tenente-Coronel Machado.

SC-105 SAR: Atuação também em DQBRN

O Esquadrão Pelicano é um dos pioneiros, juntamente com o Instituto de Medicina Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira (IMAE), na realização da atividade de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear - DQBRN, na Força Aérea Brasileira, pois possui todos os equipamentos necessários para operar neste cenário. O SC-105 SAR está de alerta 24h por dia, caso haja necessidade de uma Evacuação Aeromédica (EVAM).

"Para que outros possam viver..."

Para ampliar o poder de busca e salvamento do Esquadrão Pelicano, está prevista uma série de novidades até o fim deste ano, como a entrega do terceiro avião SC-105 SAR, FAB 6552, a campanha de Reabastecimento em Voo (REVO) e o curso para pilotos do Esquadrão, na Espanha.

H-60L Black Hawk operacional no 2°/10° GAV

Com a desativação do helicóptero H-1H, após mais de 50 anos de operação na FAB, o Esquadrão Pelicano incorporou em dezembro de 2018, o H-60L Black Hawk. Com um ano e meio de incorporação, a aeronave participou de importantes missões. Uma delas foi a Operação Regresso à Pátria Amada Brasil, ação interministerial realizada em fevereiro deste ano, com objetivo de repatriar os brasileiros que estavam na China, devido ao surto à pandemia do novo Coronavírus.

A aeronave H-60L Black Hawk esteve a postos para fazer o transporte dos envolvidos na Operação, que estavam em quarentena na Ala 2 – Base Aérea de Anápolis (GO), caso algum deles apresentasse sintomas da doença e precisasse ser transportado até o Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília (DF). No ano passado, o H-60L Black Hawk participou da Operação Verde Brasil, que teve por objetivo combater crimes ambientais na Região Amazônica, e atuou em missões de vacinação, nas regiões de Macapá (AP) e Altamira (PA).

H-36 Caracal - Resgate em alto-mar

A bordo do helicóptero H-36 Caracal, a tripulação do Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), sediado na Ala 10, em Parnamirim (RN), cumpriu recentemente a missão de resgate de um jovem que sofreu acidente em um navio estrangeiro que navegava na Costa brasileira. A missão marcou a história da Aviação de Busca e Salvamento e da Força Aérea Brasileira em razão da longa distância que o navio estava, a 470 quilômetros. Para o sucesso de uma missão dessa envergadura, o tempo é fator primordial. De acordo com o Comandante do Esquadrão Falcão, Tenente-Coronel Aviador Délcio Cláudio Santarem Júnior, quanto menor o tempo-resposta – entre a notificação da ocorrência e a entrega da vítima para suporte avançado de vida – maiores serão as chances de sobrevivência e de mitigação de sequelas. “Nesse recente resgate, tivemos vários momentos desafiadores, sendo o principal a necessidade de socorrer a vítima antes do período noturno, o que aumentaria a complexidade do resgate”, lembra.

Busca e Salvamento na FAB

Localizar, socorrer e resgatar. As missões de Busca e Salvamento da FAB acontecem sobre todo o território nacional, no mar territorial e ainda em uma ampla área de águas internacionais do Atlântico. São realizadas por diversos Esquadrões, apoiados pelo SALVAERO e pelo Centro Brasileiro de Controle de Missão (BRMCC), do inglês Brazilian Mission Control Center, por meio dos Centros de Coordenação de Salvamento. Saiba mais sobre a Aviação de Busca e Salvamento acessando a página especial. Clique aqui e confira.

Fotos: Suboficial Rocha (2°/10º GAV), Sargento Batista (Agência Força Aérea) e Sargento Marcella (Ala 10)

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