CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Instituto de Fomento e Coordenação Industrial realiza Seminário de Metrologia

Evento objetiva estabelecer e manter um ambiente de integração com a comunidade científica, a indústria e as empresas do ramo metrológico
Publicada em: 04/07/2019 18:05
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Fonte: DCTA, por Sargento Anderson
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Emília Maria - Revisão: Capitão Landenberger

O Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) promoveu, de 25 a 27 de junho de 2019, o 13º Seminário de Metrologia Aeroespacial (XIII SEMETRA) no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP). O evento é realizado bienalmente no intuito de estabelecer e manter um ambiente de integração com a comunidade científica, a indústria e as empresas do ramo metrológico.

A programação do evento foi composta de palestras e debates envolvendo órgãos públicos e privados, além de exposições de empresas da área de metrologia, que puderam demonstrar seus equipamentos e instrumentos voltados a diferentes grandezas, como massa, pressão e eletricidade.

A abertura do evento foi realizada por Marcos Aurélio Lima de Oliveira, do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). O servidor afirmou que o ramo da metrologia no Brasil envolve cerca de 60 mil trabalhadores, movimentando cerca de 2 bilhões de reais por ano. Ele ressaltou que o ramo da metrologia é fundamental para evitar barreiras técnicas à comercialização de produtos nacionais no exterior. Sendo assim, o INMETRO busca constante contato e colaboração com os organismos internacionais, fazendo parte de diversos foros da área pelo mundo.

O Diretor do IFI, Coronel Aviador José Renato de Araujo Costa, falou aos participantes sobre a importância da metrologia para o Comando da Aeronáutica e o Ministério da Defesa, uma vez que a organização atua junto à Marinha do Brasil e ao Exército Brasileiro na calibração de seus instrumentos, garantindo confiabilidade e rastreabilidade ao setor metrológico aeroespacial no âmbito das três Forças.

No último dia do evento, a explanação foi realizada pelo Presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Augusto Teixeira de Moura, que argumentou que todos os países com expressiva extensão territorial, população e economia possuem um programa espacial forte.

"Sendo assim, há interesse estratégico em desenvolver soluções aeroespaciais autóctones, que podem ajudar no desenvolvimento das comunicações, na observação do território, na meteorologia e na geolocalização, o que significa milhares de equipamentos e instrumentos que necessitam de uma estrutura metrológica desenvolvida", destacou o palestrante.

O Presidente da AEB reiterou que o Brasil necessita de um Programa Espacial à altura das demandas da sociedade, em áreas como segurança, saúde, educação e inclusão digital. Em sua apresentação sobre o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, apontou que não se trata de um acordo comercial, tampouco de transferência de tecnologia ou cessão do controle do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

“Trata-se de um acordo assinado com os Estados Unidos firmando o compromisso mútuo de respeito à propriedade intelectual, no qual o Estado brasileiro continua responsável pelas atividades de lançamento. O sucesso do acordo tem o potencial de atração de usuários governamentais e privados, desencadeando investimentos em Alcântara e região”, afirmou.

Fotos: Heglas/IFI