HISTÓRIA

Comandante da FAB inaugura monumento na UNIFA

A escultura da “Gênese do COMAER” esteve presente nos primórdios da Instituição e agora volta a ser exibida
Publicada em: 04/10/2018 16:00
Imprimir
Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Felipe Bueno
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Carlos Balbino - Revisão: Major Alle

O Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, participou da inauguração do monumento “Gênese do COMAER” (Comando da Aeronáutica), nesta quinta-feira (04), na Universidade da Força Aérea (UNIFA), no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro (RJ). A cerimônia teve a presença de integrantes do Alto-Comando da FAB, oficiais-generais da ativa e da reserva e o principal responsável pela obra: um cadete de 1943 da Escola de Aeronáutica.

“O dia de hoje nos conduz a um sentimento de enorme satisfação. Reerguer a Gênese do COMAER significa manter vivo o espírito que moveu nossos antecessores na construção de uma Força Aérea eficiente e dinâmica. Simboliza vivenciar um presente de conquistas, mas, da mesma forma, extremamente desafiador. E representa deixar um legado inspirador para que as novas gerações sejam motivadas a honrarem nossos valores e nossas tradições”, disse o Tenente-Brigadeiro Rossato.

O novo monumento é uma reedição do “Primeiro Monumento Erigido em Homenagem à Criação do Ministério da Aeronáutica e da Força Aérea Brasileira”, erguido em 1941 na Escola de Aeronáutica, criada no Campo dos Afonsos para formar aviadores para a recém-criada FAB. No mesmo ano, a Marinha do Brasil doou uma âncora e, o Exército Brasileiro, um canhão - já que a criação da FAB uniu as aviações das duas forças. Entre tais artefatos, a FAB é representada por uma bomba incendiária, que era item de armamento das primeiras aeronaves da Força.

“Ao longo dos anos e, após diversas mudanças estruturais no Campo dos Afonsos, o monumento acabou sendo retirado de seu local original. Entretanto, 77 anos após a sua construção, com a memória do Brigadeiro Clóvis de Athayde Bohrer, testemunha ocular da arte inicial, iniciou-se um processo de mobilização, que culminou na reconstrução deste relevante marco de nosso passado”, explicou o Comandante da FAB.

O Brigadeiro da Reserva Clóvis de Athayde Bohrer registrou o monumento em 1943, quando ingressou na Escola de Aeronáutica, então “Ninho das Águias”. Após uma visita à UNIFA, comentou com o atual comandante sobre a ausência do monumento, que, após obras de revitalização nas peças originais, voltou a ser erguido no local original. Na cerimônia, ele mostrou a mesma fotografia que havia sido tirada em seus tempos de cadete, que seria enviada à sua mãe.

“O movimento para reerguer o monumento nasceu quando realizei uma palestra aqui na UNIFA na celebração de 66 anos da FAB. Lamentei que, daquela foto, só tinham sobrado a âncora e o cadete, e havia poucos registros dele, ninguém tinha recordação. Então, buscamos as demais peças: a bomba, que estava em um corredor do Museu Aeroespacial, e o canhão, no Clube da Aeronáutica. É uma alegria muito grande vê-lo reerguido, está perfeito”, disse o Brigadeiro Athayde Bohrer.

Fotos: Sargento Johnson/CECOMSAER