TREINAMENTO

IMAE participa de exercício de proteção contra armas químicas

Os envolvidos puderam efetuar um exercício simulado interagências para o resgate de vítimas
Publicada em: 06/09/2018 18:40
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Fonte: IMAE
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente João Elias - Revisão: Major Alle

Militares do Instituto de Medicina Aeroespacial (IMAE), do Esquadrão Puma (3º/8º GAV), do Esquadrão de Segurança e Defesa de Santa Cruz (ESD-SC) e do Comando de Preparo (COMPREP) participaram, entre os dias 27 e 31 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ), do Exercício de Assistência e Proteção para Estados Partes da Região da América Latina e do Caribe (EXBRALC III), da Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ). O objetivo foi preparar os participantes para atuar em primeira resposta diante de um evento com agentes químicos.

O EXBRALC III reuniu participantes de sete países (Brasil, Bolívia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Honduras e Paraguai), além de Portugal, como nação observadora. Os envolvidos puderam realizar tarefas de planejamento e ações de resposta em incidente com agente químico e, também, efetuar um exercício simulado de atuação multiagencial integrada com resgate e triagem de vítimas, detecção do agente e descontaminação.

Durante o simulado, os instrutores do IMAE ficaram responsáveis pela instrução de Evacuação Aeromédica (EVAM) de vítima contaminada, com emprego, em voo real, de uma aeronave H-36 Caracal, pertencente ao Esquadrão Puma. “Esse tipo de treinamento é bastante importante, pois faz com que os participantes verifiquem na prática a vasta gama de aspectos necessários para coordenar, de forma eficaz, a evacuação de vítimas”, destacou o Chefe da Subdivisão Aeromédica do IMAE, Tenente Médico Gustavo Messias Costa.

De acordo com a Capitão Médica Carla Isabel, tripulante aeromédica do helicóptero, a participação no exercício tem grande importância para o Esquadrão Puma porque, além de manter atualizada a doutrina de Evacuação Aeromédica (EVAM) nesses casos específicos, possibilita a melhora da interoperabilidade entre as Forças Armadas nas missões com armas químicas. “É engrandecedor para nós do esquadrão termos o objetivo fundamental de salvar o maior número de vidas possível em um ataque com agentes químicos”, ressaltou.

Para o Tenente de Infantaria Vinícius Rainha Pacheco, do ESD-SC, foi possível perceber, por meio do exercício, a real atuação de tropas aplicada em Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN), desde o uso de equipamentos até a coordenação dos cenários durante as ações de resposta. “Descrevo como um grande passo para a Infantaria e para a Força Aérea Brasileira, tendo em vista que, pelo que foi vivenciado, poderemos aperfeiçoar nossas ações de defesa e investir na aquisição de materiais, agindo de maneira mais independente e profissional”, disse.

Já segundo a Tenente Farmacêutica Marjorie Moura de Araujo, do efetivo do IMAE, o exercício visou o nivelamento do conhecimento entre os países participantes, sobretudo quanto à atuação das diferentes agências envolvidas em primeira resposta. “O que mais apreciei, ao participar do EXBRALC III, foi a oportunidade de executar, de maneira eminentemente prática, a utilização dos equipamentos e a organização de todas as tarefas diante de um incidente real. Além disso, a troca de experiências entre os participantes, com auxílio mútuo diante das dúvidas ou dificuldades, ajudou na integração e acúmulo de conhecimento”, concluiu.

Fotos: Tenente Costa