CELEBRAÇÃO

FAB celebra 122º aniversário do Marechal do Ar Eduardo Gomes neste 20 de setembro

Patrono da FAB ocupou o cargo de Ministro da Aeronáutica em duas ocasiões
Publicada em: 20/09/2018 08:00
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Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Felipe Bueno
Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Major Alle

A Força Aérea Brasileira (FAB) celebra, nesta quinta-feira (20/09), o 122º aniversário do Marechal do Ar Eduardo Gomes, declarado Patrono da FAB pela Lei Nº 7.243 de 6 de novembro de 1984. O oficial-general chegou a ocupar o cargo de Ministro da Aeronáutica em duas ocasiões, porém, antes disso, percorreu uma trajetória de desafios e vitórias, marcando os primórdios da Força Aérea.

Eduardo Gomes nasceu em 20 de setembro de 1896, na cidade de Petrópolis (RJ), filho de Luiz Gomes Pereira e de Jenny de Oliveira Gomes. Em 1916, ainda com 19 anos, ingressou na Escola Militar do Realengo, tendo se formado dois anos depois como Aspirante a Oficial do Exército na Arma de Artilharia. Desde esta época, já buscava se envolver nos primórdios da aviação - em 1921, integrou a primeira turma do curso de observador aéreo. Mas o momento histórico conturbado era um dos desafios de sua carreira militar.

Em 1922, o levante do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), fez parte do ciclo de revoltas tenentistas contra o governo brasileiro na década de 1920. Com o Forte de Copacabana sitiado por tropas do governo, a maioria dos revoltosos se renderam. Eduardo Gomes e poucos rebeldes saíram do Forte para enfrentar as tropas, mesmo sem qualquer possibilidade de vitória. Ele foi ferido e preso, enquanto alguns de seus colegas morreram na praia de Copacabana.

Anos depois, ele entrou de vez no protagonismo da área da aviação no Brasil. Em 1931, contribuiu para a criação do Correio Aéreo Militar, que viria a se unir ao Correio Aéreo Naval para se tornar o Correio Aéreo Nacional (CAN), uma das mais importantes ferramentas de integração do território brasileiro. Esteve presente também na criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, quando foi promovido ao posto de brigadeiro e comandou as 1ª e 2ª Zonas Aéreas, localizadas em Belém (PA) e Recife (PE), participando da fundação de bases aéreas no Norte e Nordeste do país, que seriam fundamentais para a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial.

Após o fim da guerra, o Brigadeiro se candidatou duas vezes ao cargo de presidente da república, em 1945 e 1950. Em sua primeira campanha eleitoral, um slogan foi criado voltado para o público feminino, que conquistara o direito ao voto em 1932: “Vote no Brigadeiro, além de bonito é solteiro”. A fim de angariar fundos para a segunda candidatura, um grupo de senhoras criou um doce feito de chocolate e leite condensado, vendido nos comícios e tradicional até hoje: “o doce do brigadeiro”.

Em sua carreira na FAB, chegou ao posto de Ministro da Aeronáutica em 1954, durante o mandato de João Fernandes Campos Café Filho, e em 1965, no governo do General Humberto de Alencar Castello Branco. Entre tais períodos, em 1960, fez seu último voo pelo CAN e foi transferido para a reserva, por ter atingido a idade limite para a atividade militar.

Em 13 de junho de 1981, faleceu aos 84 anos no Rio de Janeiro. No dia anterior, já com a saúde fragilizada, participou das comemorações dos 50 anos do CAN na capital fluminense. Três anos depois, foi declarado Patrono da Força Aérea Brasileira pela Lei Nº 7.243.