AJUDA HUMANITÁRIA

Helicóptero da FAB resgata indígena em aldeia do Amapá

Parajai Waiãpi, grávida de 13 semanas, foi picada por uma cobra na última semana
Publicada em: 13/04/2018 16:15
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Fonte: Agência Força Aérea, por Ten Cynthia Fernandes
Edição: Agência Força Aérea, por Ten Emília Maria - Revisão: Cap Oliveira

O 7º/8º GAV - Esquadrão Harpia - da Força Aérea Brasileira resgatou, nessa quinta-feira (12/04), por volta das 16 horas de Brasília, uma mulher indígena de 26 anos picada por uma cobra na última semana, na Aldeia Taraykary – a aproximadamente 225 km de Macapá (AP). A agricultora Parajai Waiãpi, grávida de aproximadamente 13 semanas, foi encaminhada ao Hospital de Emergência da capital.

O helicóptero H-60 Black Hawk contava com 6 tripulantes, além de um médico  e um enfermeiro do Hospital de Aeronáutica de Manaus (HAMN), e um integrante do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) – órgão ligado à Secretaria Estadual de Saúde do Amapá. Primeiramente, a aeronave pousou numa clareira da região onde havia uma aldeia, da mesma etnia da índia. Baseada nas informações colhidas na área, a tripulação dIndígena foi carregada de maca devido ao ferimento na pernaa FAB definiu uma nova coordenada para chegar até o local. O deslocamento de aproximadamente uma hora de voo entre Macapá e o povoado garantiu que a indígena fosse resgatada. Segundo a população indígena, para a vítima chegar até a cidade mais próxima com atendimento médico era necessário caminhar mais de 12 horas e seguir por um rio, uma viagem que poderia durar mais alguns dias.

Segundo o Capitão Médico Waldyr Moyses de Oliveira Junior, Parajai Waiãpi apresentava edemas nos membros inferiores e por isso o caráter de urgência de remoção até um hospital mais próximo. Vítima foi encaminhada para o Hospital de Emergência de Macapá“Uma missão como essa demonstra, e não deixa nenhuma margem de dúvida, o compromisso que a FAB tem com a população, esteja esse brasileiro onde ele estiver. Na Amazônia, as dificuldades são tão grandes quanto a extensão territorial e não é incomum uma missão como essa ser um divisor de águas entre alguém que vai sobreviver ou não. Muitas vezes, a expectativa de vida dessas pessoas está sistematicamente ligada à possibilidade de pouso de uma aeronave nossa”, explica.

Na última sexta-feira (06), a DSEI recebeu uma informação via rádio de que a indígena havia sido picada por uma Indígena dentro do helicóptero H-60 Black Hawkcobra. Segundo a enfermeira Josenir Oliveira de Carvalho, foi necessário primeiro conseguir as coordenadas da região onde está a aldeia, solicitar que fosse aberta uma clareira para o pouso de um helicóptero e, em paralelo, pedir o resgate. “Depois de quatro negativas de demais órgãos, o Hospital de Aeronáutica de Belém conseguiu oferecer o apoio para recebê-la”, conta.

“Ela foi encaminhada ao hospital devido ao acidente ofídico. Lá eles vão decidir se ela permanece ou vai para uma maternidade”, diz a enfermeira Josenir.

A coordenação da Evacuação Aeromédica (EVAM) foi feita pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) que solicitou que o Esquadrão Harpia executasse a missão. O emprego do helicóptero Black Hawk foi necessário devido à dificuldade de chegar à região que é montanhosa e com igarapés. A aeronave decolou quarta-feira (11) de Manaus, e fez uma parada em Santarém (PA) para o abastecimento da aeronave, antes de seguir viagem.

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