INSTRUÇÃO

Ala 10 recebe Esquadrões do 3º Grupo de Aviação para validação curricular

Também foi realizado o Simpósio da Aviação de Caça
Publicada em: 20/10/2017 17:00
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Fonte: Ala 10
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente João Elias

O objetivo foi coletar informações sobre a formação dos pilotos de caçaA Ala 10 reuniu, em Natal (RN), os Comandantes e Oficiais de Operações do 1º, 2º e 3º Esquadrões do 3º Grupo de Aviação, sediados, respectivamente, em Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Campo Grande (MS), no mês de setembro. O objetivo foi coletar informações sobre a qualidade e adequação da formação dos pilotos de caça, formados pelo Esquadrão Joker (2°/5° GAV), identificando em especial as melhorias necessárias e como viabilizá-las, dentro das possibilidades, ainda neste ano.

“Algumas melhorias que foram adotadas ano passado já surtiram efeito nos Esquadrões do 3º Grupo. A obtenção de cartão [de voo por instrumentos ainda no Curso de Especialização] é um exemplo. Há dois anos tinha sido uma demanda, ano passado inserimos a instrução no curso e este ano já teve uma resposta muito positiva por parte deles. Isso nos fará manter no currículo”, explica o Comandante do 2º/5º GAV, Tenente-Coronel Aviador Gustavo Pestana Garcez. “De acordo com a teoria do primeiro aprendizado, quanto antes você evoluir naquela atividade melhor, evita vícios e aperfeiçoa o aprendizado. Então, baseado nisso e na disponibilidade que temos aqui no Joker, conseguimos implementar essa certificação de voo por instrumento e enviar o piloto já pronto para o esquadrão”, complementa o Tenente-Coronel Pestana.

Ala 10 recebe Esquadrões do 3º Grupo para validação curricularO evento contou com a presença de representante do Comando de Preparo (COMPREP). O Major Aviador Nicolas Silva Mendes, Adjunto da Divisão de Doutrina da Subchefia de Avaliação e Doutrina (SCAD), considerou o evento producente, enfatizando que o processo de ensino-aprendizagem está em constante evolução. “Foi muito positivo fazer essa análise, debater se essas modificações são necessárias e são de interesse comum e, ao final, propor a atualização doutrinária é fundamental”, ressalta o oficial.

O Major Nicolas também apresentou as mudanças decorrentes da transferência da coordenação do Sistema de Doutrina Militar Espacial (SIDMAE) para o COMPREP. "Esse sistema, que se destina à atualização doutrinária, ganha nova estrutura no Comando de Preparo por isso mostrou-se necessário divulgar as ferramentas que possui, que vão facilitar a interação dos esquadrões e otimizar essa atualização doutrinária”, afirma o militar.

Simpósio da Aviação de Caça

Após a validação curricular do Curso de Especialização Operacional da Aviação de Caça (CEO-CA), foi realizado o Simpósio da Aviação de Caça, no 2º/5º GAV. O objetivo foi apresentar aos estagiários do Esquadrão Joker as unidades do 3º Grupo de Aviação para as quais eles serão transferidos assim que se formarem pilotos de combate da Força Aérea Brasileira (FAB), em dezembro próximo.

Os comandantes falaram sobre os esquadrões para os pilotosNo evento, os Comandantes do 1º, 2º e 3º Esquadrões do 3º Grupo de Aviação apresentaram suas unidades, as missões que cumprem e as características da localidade em que estão sediados. De acordo com o Tenente-Coronel Aviador Luís Ângelo de Andrade Pinheiro Borges, Comandante do 2º/3º GAV, de Porto Velho (RO), apesar dos esquadrões serem bastante parecidos, o mais importante dessa apresentação é aguçar o interesse dos jovens pilotos. “Temos que usar a empatia, mostrar que nós já estivemos no lugar deles e que de lá para cá muita coisa mudou, em geral para melhor. E, então, imaginar o que eles devem estar pensando, quais os critérios que levam em conta para fazer a escolha deles”, revela o Tenente-Coronel Ângelo.

Para os jovens pilotos, ter contato com os comandantes e operações de suas futuras unidades faz toda a diferença. “Cada um tem seus pontos positivos e eu acredito que cada esquadrão tem algo de bom para oferecer a nós, futuros pilotos de caça. Eu sempre tive vontade de servir na selva, na Amazônia, mas não tinha ideia de como eram as cidades. Então nós vimos que, além dos voos, as cidades hoje têm boa qualidade de vida, são bem estruturadas. E o fato de o comandante vir aqui para falar com a gente mostra que ele dá uma grande importância para o piloto que está se formando e vai servir no esquadrão dele. Isso faz muita diferença”, destaca o Tenente Aviador Lucas Torquato.

Entenda: após passarem pela Academia da Força Aérea, os pilotos que optam pela Aviação de Caça vão realizar uma especialização operacional, de um ano, no Esquadrão Joker. Após, os pilotos de caça são distribuídos pelos esquadrões Escorpião (1º/3º GAV), Grifo (2º/3º GAV) e Flecha (3º/3º GAV).

Fotos: Sargento Braga