TRANSPORTE DE ÓRGÃOS

Esquadrão Carajá transporta sete órgãos em quatro dias seguidos

Somente este ano, o Esquadrão transportou 50 órgãos em mais de 160 horas de voo
Publicada em: 24/08/2017 14:38
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Fonte: Ala 13, port Tenente Kramer
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente João Elias

O Esquadrão Carajá (4° ETA), localizado na Ala 13, em Guarulhos (SP), realizou três missões de Transporte de Órgãos Vitais nos últimos quatro dias. Foram três corações, um rim, um fígado, um pâncreas e um pulmão.

No domingo (20/08), um coração foi captado na Santa Casa de Ourinhos, no interior de São Paulo, com destino ao Hospital Albert Einstein, na capital. De acordo com o Comandante da aeronave C-97 Brasília, Tenente Osvaldo Peres Maslinkiewicz, ao ser acionado para uma missão como essa é necessário correr contra o tempo. "Ao finalizar a missão e retornar para casa, surge um sentimento de dever cumprido. Sinto-me honrado por saber que, graças à prontidão das nossas tripulações, alguém recebeu um coração novo, carregado nas asas do Esquadrão Carajá", ressaltou.

Já na segunda-feira (21/08), à noite, o Esquadrão foi acionado novamente e mais um coração foi transportado, dessa vez, no Sul do País. O órgão foi levado do Hospital Universitário Santa Terezinha, em Joaçaba (SC), para o Hospital Angelina Caron, em Curitiba (PR).

A Tenente Silvia Helena de Medeiros Dantas, copiloto da missão, participou do transporte de órgãos pela primeira vez. "Foi uma grande satisfação ver meu trabalho sendo útil para alguém. Transportar logo um coração, um órgão vital de tamanha importância, fez eu me sentir realmente útil à sociedade", disse.

Já nesta quinta-feira (24/08), foram transportados outros cinco órgãos: um coração, um rim, um fígado, um pâncreas e um pulmão. O trajeto foi de Toledo (PR) à capital paranaense - também no Hospital Angelina Caron

Entre as diversas missões cumpridas pelo esquadrão, o transporte de órgãos tem ocupado lugar de destaque. Somente este ano, 38 missões foram cumpridas pelas aeronaves C-95 Bandeirantes e C-97 Brasília, totalizando 50 órgãos transportados em mais de 160 horas de voo.

Segundo a Coordenadora da Organização de Procura de Órgãos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Campanha de Doação de Órgãos da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, Vanessa Ayres Carneiro Gonçalves, o Programa de Transplantes no Brasil vem crescendo ao longo dos anos, sendo hoje um dos mais importantes do mundo.

"A lista de espera de pacientes aguardando por um transplante é de 33.000 pessoas, por isso consideramos o apoio da FAB de suma importância. Existe urgência para o transplante de determinados órgãos, como é o caso do coração, e, sendo assim, o transporte proporcionado pela FAB evita a perda dos órgãos, aumentando o sucesso dos transplantes", declarou.