FINANCIAMENTO

Encontro busca alternativas para fomentar exportação de projetos de defesa

A aeronave KC-390, a maior aeronave produzida no Brasil, por exemplo, pode gerar exportação de R$1 a 1,5 bilhão por ano
Publicada em: 29/11/2016 15:20
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Fonte: Agência Força Aérea, por Ten Jussara Peccini

Encontro é realizado em Brasília (DF)As principais instituições envolvidas em processos de financiamento internacional discutem até a próxima quinta-feira (01/12), em Brasília (DF), alternativas para fomentar a exportação de projetos de defesa.

Para o Vice-Secretário de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA), Major-Brigadeiro Heraldo Luiz Rodrigues, a discussão sobre financiamento dos projetos estratégicos de defesa é uma preocupação que passa pelo apoio à inserção internacional das empresas brasileiras e pode ser decisiva para tornar os produtos brasileiros mais competitivos no cenário internacional.

“Projetos estratégicos da Força Aérea Brasileira, como os das aeronaves KC-390 e Gripen NG, necessitam de recursos para aplicação tanto no processo de aquisição quanto no desenvolvimento e, quando da sua consecução, poderão trazer benefícios da ordem de bilhões de dólares por ano em exportações, além da geração de milhares de empregos diretos e indiretos e, principalmente, do fortalecimento da indústria nacional”, afirmou o oficial-general. Veja entrevista aqui.

Entre os principais projetos brasileiros que merecem atenção nesse aspecto é o maior avião já produzido no Brasil, o KC-390. O avião que está em fase de testes em voo é uma aposta importante da indústria aeronáutica nacional e pode estabelecer um novo status ao país no mercado internacional. De acordo com a Embraer, o potencial de exportação está em torno de US$ 1 a 1,5 bilhão por ano.

Caminho de um financiamento - O tempo para concretização de um processo de financiamento de um grande projeto da área de defesa, para exportação ou importação, pode chegar a até dois anos no Brasil. São diversos os órgãos que precisam analisar e autorizar o processo, que prevê 27 passos. Entre os organismos estão o ministério do Planejamento, responsável pelo estudo de como autorizar esse processo; o ministério da Fazenda sobre disponibilidade de recursos; e também o Congresso Nacional que autoriza os processos, por exemplo. “Todo financiamento segue um ritual, ele vai para o Planejamento, depois o Tesouro, até obter autorização do Congresso”, exemplifica o Major-Brigadeiro sobre o envolvimento e as responsabilidades de todos os interlocutores. “É importante que todos vejam que estamos tratando de maneira transparente e qual a importância que damos para este assunto”, avalia.