DEFESA

Reunião histórica na defesa da paz e segurança do Brasil, diz ministro Jungmann

Ministro da Defesa também acredita que Forças Armadas podem contribuir para redução da criminalidade na fronteira
Publicada em: 28/10/2016 17:10
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Fonte: MD

Durante quase quatro horas as principais autoridades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais estiveram debatendo a segurança pública nacional. Em torno de uma mesma mesa, o presidente da República, Michel Temer, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia Antunes Rocha, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), elaboraram sugestões para o combate à criminalidade no País. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, saiu da reunião certo que “tratou-se de um encontro histórico”. Segundo ele, foi proposto “um mutirão para reduzir a criminalidade no Brasil”.

Jungmann disse que as Forças Armadas podem também contribuir nesta mobilização pela redução da criminalidade em ações na faixa de fronteira. A acompanhado dos comandantes da Marinha, Almirante de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira; do Exército, General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas; da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, e do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), Almirante de Esquadra Ademir Sobrinho, o ministro Jungmann disse que “o mais importante do encontro foi o próprio encontro inédito”.

“Se reuniu todos os poderes. É uma reunião inédita onde todos estiveram debatendo e discutindo as questões”, disse Jungmann.

O ministro contou que coube ao ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, em nome do governo federal, apresentar um plano de cooperação federativa. Este plano agora será apresentado aos governadores, aos prefeitos e aos secretários estaduais de segurança pública, como desdobramento da reunião ocorrida nesta sexta-feira (28), no Palácio do Itamaraty.

Jungmann pontuou algumas propostas levadas pelas autoridades, como uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) apresentada pelo senador Renan Calheiros para investigar o financiamento do crime organizado em campanhas políticas. O procurador Geral da República, Rodrigo Janot, defendeu que o Brasil faça valer os acordos internacionais para punir criminosos no âmbito do Mercosul. A presidente do STF defendeu um levantamento de dados que possa mapear a criminalidade no país e, deste modo, permitir as autoridades o combate aos grupos criminosos.

Reunião histórica - A preocupação com a crise na segurança pública nacional levou à mobilização dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário a promoverem reunião, no Palácio Itamaraty, para debater o tema. O objetivo é propor um pacto para equacionar os principais gargalos existentes no país.

Na primeira parte, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, apresentou uma proposta de cooperação federativa em matéria de segurança pública. Após a reunião, o Palácio do Planalto divulgou um comunicado conjunto.

A proposta deste encontro foi da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia. Ela mobilizou o presidente Michel Temer e os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Participaram também os ministros José Serra (Relações Exteriores), general Sergio Etchegoyen (Gabinete da Segurança Institucional) e Dyogo Oliveira (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão).