OPERACIONAL

Tropas da FAB são engajadas para garantia da lei e da ordem em Natal (RN)

Aeronáutica é responsável pela segurança do Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante
Publicada em: 12/08/2016 11:15
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Fonte: SCSBANT

A Força Aérea Brasileira (FAB) mantém, desde o último sábado (06/08),  cerca de 100 militares engajados na segurança do Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante. O esforço é parte da Operação Potiguar, de garantia da lei e da ordem no Rio Grande do Norte, iniciada pelo Ministério da Defesa em resposta à solicitação de apoio do Governo do RN.

De acordo com o responsável pela operação no aeroporto, Major de Infantaria Fábio Silva Lopes, a atuação da Infantaria de Aeronáutica visa manter a área do aeroporto livre de qualquer ameaça.

“A nossa intenção é impedir qualquer tipo de ataque ou incidente pontual, mantendo a segurança das pessoas e do patrimônio. Apenas se houver alguma suspeita é que nós abordaremos os envolvidos”, explicou o Major Silva Lopes. “A estratégia do comando da Operação Potiguar é ocupar pontos considerados sensíveis, em apoio às forças de segurança do RN, para que elas possam ser aplicadas em outras áreas”, finalizou o militar da FAB.

A atividade de segurança está sendo realizada em coordenação com a Inframérica, empresa que administra o aeroporto. Segundo o Superintendente da Concessionária em Natal, Ibernon Martins Gomes, o importante é prevenir qualquer ação criminosa, garantindo a segurança dos passageiros e a continuidade dos serviços. 

“A presença da Força no aeroporto tem um objetivo preventivo. Proporciona mais conforto e segurança às pessoas e aos passageiros, diante da situação em que se apresenta o estado nos últimos dias”, afirmou o Superintendente.

Para quem frequenta o aeroporto é perceptível a ocupação da tropa da Força Aérea. José Erimar de Azevedo, aposentado e morador de Natal, ao passar pelo terminal pôde ver o trabalho dos militares da FAB. “Chegar ao aeroporto e ver os militares, com a situação controlada, nos dá segurança e tranquilidade”, acrescentou José Erimar. “O momento exige essa presença das forças. Esse apoio à nossa segurança pública é super importante”, avalia o aposentado.

O médico André Fusco, de São Paulo, estava com viagem de férias marcada para Natal quando tomou conhecimento da onda de atentados na cidade.“Eu já estava ciente da situação, inclusive minha família não queria que eu viesse. Mas fiz questão de vir, como uma forma de não ceder à criminalidade”. Segundo o médico, o apoio das Forças Armadas tranquiliza quem vem visitar o estado. “Ainda bem que podemos contar com as Forças Armadas para garantir essa segurança e dar conta da situação”, afirmou o turista.

Operação Potiguar – Garantia da Lei e da Ordem

Os ministros Raul Jungmann (Defesa) e Sergio Etchegoyen (GSI - Gabinete da Segurança Institucional) estiveram em Natal na última quinta-feira (04/08) para verificar as ações das Forças Armadas no estado. “Essa operação se faz a quatro mãos, para permitir que as forças de segurança do Rio Grande do Norte possam contar com efetivo para ir até as comunidades e localidades onde os criminosos estão acoitados. O recado do governo federal e do governo estadual, conjuntamente, é que a criminalidade não triunfará”, enfatizou o ministro Jungmann, durante coletiva de imprensa.

Com o objetivo de restabelecer a ordem pública e o cotidiano de normalidade da população norte rio-grandense, a Operação Potiguar, como foi chamada, foi ativada na última quarta-feira (03/08), com previsão de duração até o dia 16 de agosto. Aproximadamente 1200 militares das Forças Armadas foram engajados para realizar patrulhamento ostensivo, prisões em flagrante, ocupação das áreas vulneráveis, entre outras ações de segurança e defesa.

Atentados no RN
A onda de violência no Estado está ocorrendo desde a última sexta-feira (29) em cidades do interior e na região metropolitana da capital. Segundo a polícia militar do Rio Grande do Norte, a ofensiva é uma forma de retaliação à instalação de bloqueadores de sinal de celular no presídio de Parnamirim, na capital potiguar.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte (Sesed) , 85 pessoas já foram detidas suspeitas de envolvimento nos ataques. No total, foram registradas 111 ocorrências, entre incêndios, tentativas de incêndios, disparos contra prédios públicos e proximidades, depredações e uso de artefatos explosivos; 31 veículos, entre ônibus e micro-ônibus foram incendiados. As ocorrências foram registradas em 40 cidades.