RIO 2016

Ministro da Defesa destaca importância do Programa de Alto Rendimento

Raul Jungmann ressaltou a participação de 42 mil militares das Forças Armadas na segurança do evento
Publicada em: 07/08/2016 14:10
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Fonte: Agência Força Aérea, por Ten Cynthia Fernandes

O Ministro da Defesa, Raul Jungmann, participou neste domingo (07/08) de uma coletiva de imprensa onde detalhou o Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas. O evento foi realizado no salão nobre da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR), localizada no Campo dos Afonsos - Rio de Janeiro.

Também estavam presentes o Coronel Abdulhakeem Alshano (Bahrein), presidente do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM); o Coronel Dorah Mamby Koita (República de Guiné), Secretário-Geral do CISM; o Coronel Walter Jander de Andrade, vice-presidente do CISM Américas; o Vice-Almirante Paulo Martino Zuccaro, presidente da Comissão Desportiva Militar Brasileira (CDMB), entre outras autoridades.

A coletiva reuniu jornalistas de veículos de imprensa de vários locais do mundo, inclusive Argentina, México e Colômbia; além de importantes empresas nacionais, como Record, CBN e Globo.

De acordo com Raul Jungmann, o Programa de Atletas de Alto Rendimento conta com 670 atletas militares em todas as Forças: Exército, Marinha e Aeronáutica. Para ele, trata-se de uma iniciativa que tem se revelado um grande sucesso. "Em Londres, 51 atletas eram egressos desse programa e a contribuição desses militares foi de cinco medalhas das 17 conquistas neste evento", explica. O ministro afirma que na Olimpíada no Rio há 465 atletas na Delegação Brasileira, sendo 145 do Programa de Alto Rendimento, o que representa 31% do número total.

O ministro também destacou que o programa é público, possibilitando o ingresso de todos que apresentarem bom rendimento. "Esses jovens fazem um contrato temporário que pode chegar até 8 anos, e contam com uma infraestrutura com técnicos e fisioterapeutas. Como sargento, eles podem chegar a uma salário de R$ 3 mil ", esclarece Jungmann.

Em média, o Programa de Atletas de Alto Rendimento gasta R$ 18 milhões por ano. O maior montante, equivalente a R$ 15 mi, é investido nos atletas. Cerca de R$ 3 mi, segundo Jungmann, é para custear os gastos para representar o Brasil em outros países. O ministro também salientou que as Forças Armadas investem em inclusão social, através do Programa Forças no Esporte (PROFESP), que atende 21 mil jovens e adolescentes no País.

De acordo com o Vice-Almirante Paulo Martino Zuccaro, presidente da CDMB, a expectativa é manter o patamar orçamentário de 2016.  "Nós já somos uma potência desportiva militar, mas vamos nos transformar também numa potência olímpica. Existe uma relação clara entre desenvolvimento e esporte. Tenho certeza que o crescimento do esporte brasileiro será determinante para o desenvolvimento do país", afirma entusiasmado.

Quanto à continuidade do Programa, a expectativa é seguir incentivando o esporte. "Estamos olhando para as próximas duas Olimpíadas na frente para que esses atletas egressos do programa possam continuar contribuindo para o esporte. Ele tem tudo para continuar e ser ampliado", disse o ministro da Defesa.

Balanço

Sobre a participação das Forças Armadas na segurança da Olimpíada Rio 2016, o ministro da Defesa destacou que o empenho de todos. "Foi um grande sucesso. O dia crítico foi o da abertura e eu diria que funcionou muito bem", elogia. De acordo com Jungmann, a princípio 18 mil homens estariam envolvidos no esquema de segurança do evento esportivo. No total, hoje cerca de 23 mil das três Forças estão espalhados em pontos estratégicos na cidade do Rio de Janeiro, que sedia as competições. "Tivemos um pedido do governador do Estado (do Rio Janeiro) para mobiliarmos alguns pontos, como o Aeroporto Tom Jobim e nos solicitaram uma complementação", afirma. As cidades que já sediaram e ainda vão sediar as partidas de futebol também ganharam um reforço na segurança, totalizando 42 mil homens.

Medalhas e respeito


"A expectativa é chegar a 10 medalhas e assim contribuir com o bom desempenho na Olimpíada", afirma o ministro quanto ao resultado dos militares no Rio de Janeiro. O número é o dobro do resultado alcançado na Olimpíada de 2012 em Londres. Com relação à reverência militar, um assunto questionado na coletiva, Raul Jungmann explica que é um ato de respeito ao Pavilhão Nacional. "É um gesto de respeito com o seu país. Não é um ato político e sim de reverência", pontua.

CISM

O sargento do Exército, Felipe Wu, primeiro atleta brasileiro a conquistar uma medalha na Olimpíada do Rio de Janeiro, serviu de exemplo para mostrar a importância do Programa de Alto Rendimento das Forças Armadas. Segundo o presidente do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM), Coronel Abdulhakeem Alshano, o órgão foi estabelecido em 1948 com o objetivo de promover a paz no mundo utilizando o esporte como ferramenta. "Com certeza não vai haver nenhum jogo olímpico sem os esforços militares", declara. Para ele, organizar um mega evento como a Olimpíada Rio 2016 é um grande desafio. "O Brasil atingiu um grande padrão neste sentido", complementa.