TECNOLOGIA

Intercâmbio incrementa preparação de equipe que vai monitorar satélite brasileiro

Encerramento de evento internacional contou com participação de alunos de ensino médio do DF
Publicada em: 09/06/2016 18:25
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Fonte: Agência Força Aérea, por Ten Raquel Alves

  Já imaginou satélites do tamanho de uma latinha de refrigerante que podem identificar clima, temperatura e pressão atmosférica ao mesmo tempo, mas principalmente servir como plataforma de ensino em uma universidade? Esse satélite está sendo desenvolvido e foi batizado com as características da região geográfica de onde a pesquisa ocorre, Minas Gerais, como satélite pão de queijo (PdQSat).

O satélite integra o projeto CanAstra, Programa Espacial Acadêmico da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que tem como objetivo a construção e uso de satélites pequenos, chamados de CanSats, por alunos do ensino médio, por meio de Programa de Iniciação Científica Júnior (PIBIC-EM).

Esse foi um dos temas apresentados no 1º International CubeSat Simposium of Brasília, realizado pelo Núcleo do Centro de Operações Espaciais Principal (NuCOPE-P), organização do Comando da Aeronáutica (COMAER). O evento promoveu a integração da comunidade científica brasileira e norte-americana sobre os pequenos satélites (cubesats), além de estimular, nos alunos do ensino médio, a mentalidade de pesquisa na área de espaço.

“O objetivo desse simpósio é reunir a comunidade científica para que houvesse uma troca de conhecimento. Durante os três dias de evento discutimos muitos assuntos voltados para a área espacial e os temas abordados serão aplicados na preparação da equipe que está trabalhando no projeto SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa de Comunicações Estratégicas), o primeiro satélite militar brasileiro, que passaremos a operar a partir de dezembro deste ano”, comenta o Coronel Hélcio Vieira Junior, chefe do NuCOPE-P.

  Estímulo - Cerca de 200 alunos, com idades entre 12 e 15 anos, de colégios do Distrito Federal (DF) também participaram do encerramento do simpósio. Eles conheceram o projeto CanAstra e acompanharam a construção e o desenvolvimento do projeto. 

De acordo com a engenheira espacial da UFMG, Maria Cecília Pereira de Faria, o projeto estimula os alunos do ensino médio a se interessarem pela área espacial. “A nossa finalidade é dar oportunidades para esses alunos poderem desenvolver um projeto espacial. Iniciamos o projeto do zero e a união de outros professores e outras áreas da engenharia também é fundamental. Colocar a universidade dentro das escolas é o nosso objetivo”, afirma a engenheira.

  O primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, e o professor da NASA (Agência Espacial Norte-Americana), James Spann, palestraram no simpósio. Marcos Pontes falou sobre como transformar sonhos em resultados. “Os jovens são o nosso futuro. Temos que incentivá-los a não desistir e esse simpósio é o momento ideal para que eles possam conhecer mais como funciona a área espacial e as organizações que existem”, destaca o astronauta.

O professor James Spann, detalhou como é feito o trabalho da NASA e destacou a importância da Força Aérea Brasileira em realizar um simpósio voltado para assuntos espaciais.  

Assista aqui ao depoimento do professor da NASA: