TECNOLOGIA

Ministro das Comunicações conhece obras de infraestrutura de solo para operar satélite

Antena principal de comando do SGDC ficará em Brasília
Publicada em: 07/01/2016 17:32
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Fonte: Agência Força Aérea

  Agência Força Aérea/Cabo V. SantosO Ministro das Comunicações, André Figueiredo, conheceu nesta quinta-feira (07/01) as obras de infraestrutura de solo para operação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O Centro de Operações Principal, que ficará em Brasília dentro da área do Sexto Comando Aéreo Regional, conta com a antena de comando e controle, estações de trabalho de radiofreqüência e de monitoramento do satélite. Até a conclusão das obras do prédio principal, os equipamentos serão instalados em contêineres de telecomunicações e dentro do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA).

“Daqui eu saio bem impressionado com a dedicação da equipe, tanto da Aeronáutica como da Telebrás. Nossa expectativa é que possamos fazer avançar e acelerar esse projeto, lançando o satélite no último trimestre deste ano e entrando em operação no início de 2017, mas já com a construção das instalações em andamento para que a gente possa concluir, quem sabe, em 2017 o projeto como um todo”, afirmou.  Agência Força Aérea/Cabo V. Santos

Nesta semana os técnicos da Thales Alenia Space, construtora do satélite, estão montando a antena de comando e controle na capital federal. A estrutura suporta as 42 toneladas do equipamento. O diâmetro da antena é de 13 metros. Ela será responsável por controlar o equipamento assim que entrar em órbita. A segunda antena de comando será montada no Rio de Janeiro assim que terminar o trabalho em Brasília. Todas as obras de solo do SGDC estão sendo erguidas em áreas militares.

Paralelo a isso, o SGDC entra neste mês em fase de testes na cidade de Cannes, na França. Em dezembro passado, os módulos de comunicação e serviço foram integrados. Cerca de 30 brasileiros, militares e civis, acompanham o processo que envolve transferência de tecnologia. A partir de março, os profissionais que vão operar o satélite executarão os treinamentos finais nesta estrutura.

  Agência Força Aérea/Cabo V. SantosO ministro também destacou a importância do satélite que atenderá as demandas de comunicação do Ministério da Defesa e ao Plano Nacional de Banda Larga. “Temos o lançamento do SGDC como um dos mais importantes momentos não apenas nas áreas das comunicações, mas também da defesa. A previsão é que a partir da montagem da antena e dos equipamentos, que vão dar suporte ao nosso satélite, e do lançamento do edital do novo edifício, nós possamos conversar com as áreas do governo federal, especialmente da equipe econômica, para mostrar a importância de acelerarmos a construção desse prédio e fazermos o projeto ser concluído da forma como estava previsto”, ressaltou.

O centro de operações principal ocupará uma área de 60 mil metros quadrados e vai atender aos requisitos de segurança nível quatro, o que inclui redundância de fornecimento de energia elétrica, sistemas de segurança e refrigeração, entre outros requisitos. As medidas visam eliminar as chances de haver qualquer perda de contato entre comando em solo e satélite em órbita.

Auditado pelo TCU - De acordo com a Telebrás, esse é o primeiro projeto do governo brasileiro auditado pelo Tribunal de Contas da União antes de ser executado. Todas as obras foram projetados em 3 D pelo sistema Bim Revit. O software do projeto permite modelagem de informação de construção. As imagens apresentadas são exatamente como o projeto deve ficar.  Agência Força Aérea/Cabo V. Santos

Futuro – Ao mesmo tempo em que se aproxima o momento de lançamento do SGDC, as atenções se voltam para as necessidades brasileiras de outros satélites. De acordo com o Presidente da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), Major-Brigadeiro do Ar Carlos Minelli de Sá, pensando na renovação futura da infraestrutura que suporta o controle do tráfego aéreo a prioridade é um satélite que atenda a banda C. “É porque realmente precisa. Se nós queremos autonomia na parte de comunicações de tráfego aéreo, precisamos de mais satélites, mais com banda Ka, X e C”, detalha.