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O desafio de ser uma mulher paraquedista

Sargento Ágatha foi a única mulher na turma do curso em Campo Grande
Publicada em: 12/09/2015 06:00
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Fonte: Agência Força Aérea

  Conquistar o famoso coturno marrom não é tarefa fácil. Requer muito esforço, garra e força de vontade, principalmente para uma mulher. A Sargento Ágatha Brenda Rodrigues Lima, da Base Aérea de Campo Grande (MS), superou todos os desafios e conquistou o brevê de paraquedista. Em julho, ela foi a única a realizar o Curso de Paraquedismo Militar da Aeronáutica, num universo de 31 homens. Todo treinamento foi realizado pelo Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS), o PARA-SAR, em Campo Grande.

Foi uma rotina de intensos exercícios físicos e instruções. Ágatha superou todas a  s dificuldades físicas e só pensava que o esforço valeria a pena. “Na fase dos exercícios eu sentia muitas dores. Achava que não ia aguentar, mas em momento algum eu pensei em desistir. Os colegas do curso sempre me apoiaram e me deram força para que não desistisse. É uma realização profissional muito grande”.

Após se equipar e estar pronta, na porta da aeronave, para realizar o primeiro dos seis saltos, a militar relata o momento como a melhor sensação que teve. “Valeu a pena ter passado por tantos obstáculos e ter vencido todos. Quando o paraquedas abriu senti uma paz interior e uma felicidade sem fim. Chorei muito!”, afirma.

Apesar de ser da área administrativa, a militar sempre quis atuar operacionalmente e a oportunidade de realizar o curso foi a primeira de muitas que ela ainda quer exercer. Ela pretende fazer o curso de resgate para poder salvar vidas usando o paraquedismo.

Saiba Mais - O Curso de Paraquedismo Militar da Aeronáutica é realizado a cada dois anos e dividido em duas fases. A primeira é dedicada aos exercícios para condicionamento físico e a segunda consiste no treinamento das técnicas de salto, como a saída da aeronave e chegada ao solo. Os alunos também têm instruções para as fases noturna e na água. Ao final, os militares realizam saltos semiautomáticos, em que o sistema de acionamento do paraquedas é conectado a um gancho na aeronave, proporcionando lançamentos em altitudes mais baixas. Num deles, inclusive, o militar é equipado com mochila e armamento.

Leia esta e outras reportagens na edição de setembro do Notaer: