LUTO

Morre Brigadeiro Aldo Rosa, ícone no desenvolvimento de pesquisas espaciais

Militar foi um dos responsáveis por desenvolver a indústria eletrônica brasileira
Publicada em: 12/06/2015 14:56
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Fonte: Agência Força Aérea

  Morreu nesta semana, aos 96 anos, o Brigadeiro Aldo Weber Vieira da Rosa, em Palo Alto, estado da Califórnia (EUA). O oficial-general foi professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), além de um dos fundadores do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento (IPD), que integra o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

De acordo com o reitor do ITA, Fernando Toshinori Sakane, o Brigadeiro Aldo Rosa fez parte de momentos históricos do desenvolvimento de pesquisas na área. "Ele foi assessor do então Coronel Casemiro Montenegro no processo de criação do ITA e CTA e, também, responsável pela criação do IPD, no qual foi primeiro diretor, e do INPE. Tudo isso foi muito importante para as pesquisas aeroespaciais do país”, afirma.

O militar foi um dos responsáveis por desenvolver a indústria eletrônica brasileira, ao final da década de 40. Recém-chegado dos Estados Unidos, onde concluiu o curso de Engenharia Eletrônica pela Universidade de Stanford na época, ele assumiu a Divisão de Pesquisas e Padronização da Diretoria de Rotas Aéreas, com a missão de especificar e adquirir equipamentos rádio aeronáuticos para a produção no Brasil.

No final da década de 50, Brigadeiro Aldo Rosa foi piloto do primeiro voo de ensaio do protótipo  do helicóptero BF-1, desenvolvido no Brasil. Em 1965, entrou para reserva da Força Aérea Brasileira (FAB).

História

Brigadeiro Aldo Rosa foi, também, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Companhia de Desenvolvimento Tecnológico (CODETEC), em Campinas (SP), e participou de Conselhos de Administração de importantes empresas nacionais e estrangeiras. Recebeu, ainda, o título de professor emérito de engenharia elétrica da Universidade Stanford.

Radicado nos EUA, desde a década de 90, o militar da FAB deixou três filhos, cinco netos e três bisnetos.