CARREIRA

Formandos da EPCAR são destaques em competições científicas

Publicada em: 13/12/2013 08:40
Imprimir
Fonte: Agência Força Aérea/EPCAR

  Ten. Eduardo/EPCARAo longo dos três anos em que cursaram o ensino médio na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), os alunos da turma Sírius conquistaram 86 medalhas e menções honrosas em competições científicas nas áreas de matemática, química, física, astronomia e robótica. Nesta sexta-feira (13/12) ao receberem os certificados de conclusão de curso, os alunos que se destacaram neste ano também serão homenageados. A cerimônia de formatura, do grupo composto por cerca de 200 alunos, será realizada neste sábado (14/12), às 10h, em Barbacena (MG).

Com corpo docente formado por cerca de 90 professores, a maioria com titulação de especialista, mestrado ou doutorado, a escola apoia e incentiva a participação dos alunos em competições científicas. “A intenção dos professores é fazer com que os jovens, interessados em se aprimorar, se envolvam em olimpíadas”, afirma o Comandante da EPCAR, Brigadeiro do Ar Alex Picchi Izmailov.

Segundo o professor Fábio Fernandes Moreira, coordenador da EPCAR em olimpíadas brasileiras de física, de física para escolas públicas, astronomia e astronáutica e robótica, o maior ganho destas competições para os estudantes é a descoberta do próprio potencial. Para se ter uma idéia do desempenho dos alunos da EPCAR, na olimpíada brasileira de robótica os números indicam um medalhista a cada 15 participantes. Na última edição, 14 alunos da EPCAR participaram e conquistaram cinco medalhas. “Nosso rendimento está bem superior a média nacional”, avalia o professor.

Um exemplo é Bruno de Souza Neves. Em 2011, ele conquistou a medalha de ouro na olimpíada brasileira de física e chegou a ser classificado para a seletiva internacional. “Esta é a mais difícil porque são três etapas. A última é totalmente experimental. São raros os alunos que ganham medalha no Brasil”, destaca o professor.

Aplicados nas aulas, os alunos que participam de olimpíadas também se empenham em procurar os professores e os laboratórios para resolver exercícios, provas e sanar dúvidas extraTeixeira conquistou ouro na olimpíada brasileira de robótica  Ten. Eduardo/EPCARclasses. Para o professor, eles são uma mostra do desempenho nas ciências exatas de todo o grupo, já que nem todos se voluntariam para participar. “Vejo nesses alunos capacidade de obter êxito em qualquer carreira”, afirma.

Robótica – Com dois ouros (2012 e 2013) e um bronze (2011) na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), prata (2012 e 2013) na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e ouro na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) neste ano, o mineiro Leonardo da Silva Teixeira, 18 anos, coleciona certificados, menções, medalhas e prêmios em competições científicas.

A primeira medalha ele ganhou ainda no ensino fundamental. No 9º ano, ele participou de uma competição nacional e conquistou a medalha de ouro. “Eu ganhei gosto e passei a fazer por lazer. Nas olimpíadas eu aprendi a gostar da matéria, a me esforçar para aprender mais”, explica Teixeira.

Por ter gabaritado a prova teórica da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), em agosto deste ano, Teixeira representou o estado de Minas Gerais no curso realizado em Fortaleza (CE). Lá, durante três dias, participou do curso de programação, trocou experiências com outros estudantes e conheceu a linguagem NXT de programação de robôs. No terceiro dia, ajudou a colocaram um robô em teste. “É algo que eu quero trabalhar no futuro”, afirma o jovem.

Lucas levou o bronze na olimpíada iberoamericana de biologia  Ten. Eduardo/EPCARO desempenho na OBA garantiu a participação na Jornada Espacial, realizada em São José dos Campos. Além de palestras, conheceu institutos e laboratórios de tecnologia aeroespacial instalados no principal polo tecnológico brasileiro. Como consequência, recebeu o “Prêmio Estudar Ciência”, concedido anualmente pela Fundação Estudar como reconhecimento aos 50 melhores estudantes brasileiros de Ensino Médio com paixão por Ciências Exatas.

Biologia – Lucas Henrique Rodrigues de Almeira, 19 anos, conquistou medalha de bronze na Olimpíada Iberoamericana de Biologia, disputada em Río Cuarto, na província de Córdoba, Argentina. Ao lado de outros 40 estudantes de dez países da América Latina, Portugal e Espanha, Lucas integrou o grupo de 4 brasileiros que representaram o país na competição. Foi uma semana de atividades práticas e teóricas. Houve duas provas teóricas que abordaram todo o conteúdo e três práticas, onde desenvolveu três experimentos práticos sobre os temas de botânica, microbiologia e etologia. “Foi uma experiência fantástica que nos aproxima da universidade, da ciência. Com certeza vai colaborar para a minha carreira”, avalia.