INSTRUÇÃO

Cadetes da AFA se preparam para exercício de sobrevivência na selva amazônica

Publicada em: 07/06/2013 08:43
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Fonte: SCS/AFA

Durante cinco dias, os cadetes do terceiro ano dos Cursos de Formação de Oficiais de Aviação, Intendência e Infantaria da Academia da Força Aérea (AFA) ficarão isolados na selva amazônica em um duro exercício de sobrevivência. Dispondo apenas de um pouco de sal, uma faca e uma arma, eles deverão cumprir uma série de tarefas, como a construção de um porto, fogueiras, abrigos de selva protegidos da chuva e armadilhas para captura de animais. O treinamento ocorrerá entre os dias 12 e 26 de junho, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso, na Serra do Cachimbo (PA).

O exercício é todo monitorado pelos instrutores da AFA e é empregada uma grande infraestrutura para que a atividade seja o mais próximo do real, porém com garantia da segurança dos alunos. “O exercício de sobrevivência na selva proporciona ao cadete vivenciar um treinamento na região amazônica, no qual será possível observar todas as dificuldades de manter-se vivo em áreas inóspitas de selva”, conta um dos oficiais coordenadores do treinamento, Tenente Aviador Fábio Henrique Bazilius. Em uma situação real, como em acidentes aéreos com sobreviventes ou mesmo em missões de combate em ambiente de selva, o treinamento é essencial para a sobrevivência de uma pessoa ou até mesmo de um grupo.

Antes de embarcar para o ambiente de selva, os cadetes têm ampla preparação teórica e prática. Na parte teórica, os cadetes estudaram os efeitos psicológicos sofridos por sobreviventes em ambientes inóspitos; a fauna e flora do ambiente de selva; e ainda assistiram a uma palestra do Tenente Aviador José Ananias, instrutor da AFA sobrevivente de um acidente aéreo na região amazônica. Em 2009, durante uma missão da Força Aérea Brasileira de vacinação em comunidades ribeirinhas e indígenas do Vale do Javari (AM), a aeronave em que estava a bordo foi obrigada a fazer um pouso forçado em um rio em uma região isolada da selva amazônica. O Tenente Ananias e mais oito sobreviventes passaram dois dias na selva amazônica até serem resgatados.

Dentre as diversas oficinas, os cadetes tiveram práticas sobre como obter alimentos, aprendendo a identificar os vegetais comestíveis da região e a construir armadilhas de caça e pesca. Também tiveram instruções de primeiros socorros e transporte de feridos, além de como preparar uma área de sobrevivência corretamente, com a construção de abrigos e a limpeza da área, melhorando a segurança contra animais, insetos e chuvas.