RESGATE

Esquadrão Arara salva crianças no Amazonas

Publicada em: 25/02/2013 14:32
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Fonte: VII COMAR

O Primeiro Esquadrão do Nono Grupo de Aviação (1°/9° GAv), Esquadrão Arara, transportou e salvou um menino picado por cobra e um recém-nascido com infecção generalizada, moradores do interior do Estado do Amazonas. Para o sucesso da missão e a segurança dos pacientes, foram levadas, a bordo, uma médica e uma auxiliar de enfermagem do Hospital de Aeronáutica de Manaus (HAMN). As profissionais acompanharam as crianças durante toda a viagem e garantiram a estabilidade do quadro clínico das mesmas. A operação foi coordenada pelo Sétimo Comando Aéreo Regional (VII COMAR), através do Sétimo Serviço Regional de Saúde (SERSA-7).

O sucesso dessa Missão de Misericórdia (MMI) foi resultado do trabalho em equipe e da adaptabilidade dos militares do SERSA-7, do 1°/9° GAv e do HAMN. Isso porque a equipe foi acionada, a princípio, para transportar o bebê, de apenas dez dias, de Tabatinga, a 1.107 quilômetros de Manaus, para o Hospital-Geral do Exército da capital do Amazonas.

O avião que levava o socorro já havia decolado, quando o SERSA-7 recebeu a solicitação do resgate de um menino picado por uma cobra. A criança estava no 1º Pelotão de Fronteira (PEF), de Palmeira do Javari, e precisava ser transportada para o hospital de Tabatinga, afinal apenas o soro antiofídico, que havia recebido no PEF, não seria suficiente para que se salvasse, poia a criança precisava receber outros cuidados.

Assim, ao pousar em Tabatinga, a equipe da Aeronáutica recebeu a orientação de deslocar-se para Javari para buscar o menino. Após concluída essa missão, os militares pegaram o bebê que já estava nesta cidade e o levaram até Manaus, onde uma ambulância o estava esperando, preparada para o socorro.

O transporte dos pacientes necessitou de estratégias especiais, típicas dos deslocamentos aeromédicos. A militar do HAMN, Ten Med Evelyn Mattiuso Forseto Amancio, que acompanhou as crianças, ressaltou os cuidados adotados nesse tipo de missão: “Analisamos a variação do quadro clínico dos pacientes. Verificamos se pressão, temperatura e frequências cardíaca e respiratória estão estáveis. Observamos, ainda, se há dor muito intensa, pois esta pode piorar durante o transporte aéreo. O controle da pressão da cabine e da temperatura da aeronave são outros pontos de cuidado essenciais”, informou.

O oficial que coordenadou a operação, Ten Méd Waldyr Moysés de Oliveira Junior, destacou a capacidade de pronta-resposta dos militares da Força Aérea Brasileira (FAB): “Houve muitas modificações em poucas horas. Existiam um perfil e um plano e de voo traçados e tudo, repentinamente, mudou. Isso nos testou do ponto de vista técnico-operacional e da nossa capacidade de flexibilidade e de adaptação às adversidades que sofremos na região, devido às grandes distâncias e à falta de estrutura,” analisou.