ÁGATA 4

Embarcações da COMARA (FAB) deram mobilidade a Hospital de Campanha da FAB

Publicada em: 11/05/2012 11:55
Imprimir
Fonte: Agência Força Aérea

Em 55 anos de história na região Norte do país, a Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) nunca havia transportado um hospital. Pela primeira vez, balsas e empurradores (navios de médio porte) foram empregados como base para uma das maiores ações de atendimento de saúde naquela parte do país.

Em apenas seis dias, 2,7 mil atendimentos foram realizados, além de 335 exames. Mais de 13 mil unidades de medicamentos foram distribuídos no distrito de Moura e na cidade de Barcelos, a mais de 400 km de Manaus pelo rio Negro. A ação faz parte da Operação Ágata 4, do Ministério da Defesa.

No total, 14 homens da COMARA participam da operação de deslocamento das duas balsas que transportam o Hospital de Campanha da Força Aérea e toda a infraestrutura de Intendência e de Infantaria. Oitenta militares participam da missão.

Qual o maior desafio para quem navega da Amazônia? “A natureza. Pedras, troncos e bancos de areia”, afirma o Comandante do Empurrador Tenente-Brigadeiro Bueno, José Wagner Maciel Filho, 51, que há 32 anos navega na Amazônia.

Segundo ele, os perigos aumentam quando a água abaixa, nos períodos de seca, quando é impossível navegar à noite. A experiência na região tornou o capitão da embarcação um especialista em “ler” as nuvens e os ventos, para identificar a aproximação dos temporais. Num mesmo dia, tempestades e sol dividem o mesmo espaço, um sucedendo o outro no decorrer das 24 horas.

Nas últimas cinco décadas e meia, a COMARA realizou 262 obras aeroportuárias na região Norte do país. Equipamentos e materiais de construção viajam de balsas de um canto ao outro da Amazônia. Uma obra para a construção de uma pista pode consumir cerca de 180 mil sacos de cimento. Se o material fosse transportado em aviões, seriam necessárias 1.500 viagens em aviões de transporte. Cada viagem de balsa pode levar cerca de 20 mil sacos de cimento.