ÁGATA 4

Intendência Operacional tornou possível o primeiro Hospital de Campanha Fluvial da FAB

Publicada em: 10/05/2012 12:15
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Fonte: Agência Força Aérea


Meses antes do início da Operação Ágata 4, militares da área de Intendência Operacional da Força Aérea Brasileira planejaram como o primeiro Hospital de Campanha Fluvial da história da instituição seria montado sobre uma balsa e mantido ao longo de toda a missão de atendimentos médicos à população de Moura e Barcelos, a mais de 400 km de Manaus, subindo pelo rio Negro com destino à Venezuela.

Em parceria com a Diretoria de Saúde da Aeronáutica (DIRSA), que forneceu toda a estrutura de saúde para o projeto, e com a Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), responsável pelas balsas e pelos profissionais de navegação fluvial, a Seção de Intendência Operacional da Base Aérea de Manaus “construiu” um hospital e uma estrutura de apoio para que a missão pudesse ser realizada de forma independente, sem qualquer tipo de apoio externo, precisando apenas de ressuprimento.

“Podemos ficar aqui trabalhando para sempre”, explica do Primeiro Tenente Intendente Rafael Freitas de Lima, Chefe da Seção de Intendência Operacional da Base Aérea de Manaus, ao explicar o potencial da estrutura montada. Um acampamento desse tipo é empregado para dar apoio a unidades aéreas desdobradas – quando aeronaves, militares e uma infraestrutura básica são deslocados para qualquer lugar do país, de acordo com os interesses e objetivos da operação militar. “O foco do nosso trabalho é o homem, para que ele sinta-se o mais perto de casa possível.”

Enquanto os profissionais de saúde atendem à população – já foram realizados mais de 2 mil atendimentos em Moura e Barcelos -, a Intendência mantém uma estrutura para alimentar os 80 profissionais que trabalham na missão, além de corte de cabelo, lavanderia, alojamento e atividades de entretenimento. “Consideramos que a alimentação é uma atividade de regeneração para o militar desdobrado”, explica o Segundo Tenente Intendente Adson Mendes de Almeida, chefe da Unidade Celular de Intendência.

As duas balsas que suportam a estrutura do Hospital de Campanha Fluvial e toda a infraestrutura de apoio, receberam 14 módulos, todos climatizados, além de geradores, banheiros, reservatórios de água e um caminhão (Rodomapre) com capacidade para alimentar até 140 militares por um período de 15 dias – os alimentos são produzidos na Seção de Subsistência da Base Aérea de Manaus, pela Intendência, congelados e mantidos nessa unidade móvel de alimentação, que possui uma cozinha industrial para a regeneração e preparo das refeições.

A Diretoria de Intendência (DIRINT) da Força Aérea Brasileira mantém uma Divisão de Intendência Operacional na Subdiretoria de Encargos Especiais, com o objetivo de apoiar ações desse tipo, quando tropas precisam ser desdobradas.