MISSÃO DE PAZ

Família de militares vibra com atuação de Soldado no Haiti

Publicado: 2011-08-19 17:14:00

Depois de acompanhar a rotina do pai, o Suboficial Mariano Ferreira do Nascimento, os irmãos Soldados Ruan e Vitor Hugo Nascimento decidiram servir também à Aeronáutica. Desejo realizado, eles compartilharam o mesmo sonho no ano passado: participar do primeiro pelotão de Infantaria da Força Aérea Brasileira (FAB) no Haiti. Somente Vitor Hugo foi selecionado para o treinamento e Ruan esperou a chegada do irmão.

“Eu não pude participar da seleção por causa da minha especialidade, Serviços de Administração, porque um dos pré-requisitos era ser Guarda e Segurança, mas torci muito para que meu irmão fosse selecionado, o que acabou acontecendo”, lembra Ruan, que serve no Segundo Comando Aéreo Regional (II COMAR), enquanto Vitor Hugo faz parte do Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial de Recife (BINFAE-RF).

Os dois irmãos entraram na FAB por meio do serviço militar quando completaram 18 anos, e desejam seguir carreira. Ruan entrou na turma do primeiro semestre de 2008 e Vitor Hugo no segundo semestre do ano seguinte. Na FAB, eles tiveram a oportunidade de realizar diversos cursos, como Polícia da Aeronáutica e Estágio Básico de Operações Especiais. Agora, Ruan estuda Ciências da Computação na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Vitor Hugo segue o mesmo caminho. Vai prestar vestibular.

“Eu achei muito bom meu irmão participar da missão, fiquei orgulhoso porque o treinamento não é fácil, muitos ficam pelo caminho e ele conseguiu superar este obstáculo. Uma missão no exterior é algo que marca uma pessoa, principalmente em um país como o Haiti. O Vitor Hugo vai lembrar desta experiência para o resto da vida. Meu pai é militar da reserva, com 33 anos de serviço e a gente se espelhou muito nele e, se ele foi um excelente militar, nós também podemos ser. O meu pai está muito orgulhoso dele”, conta Ruan.

Vitor Hugo se recorda da saudade de casa e das conversas com a família pela internet quando estava em Porto Príncipe.

“Durante este tempo falei com a minha família pela internet, nem sempre todo dia, já que tínhamos as missões do pelotão. Mas estou com muita saudade de casa. O Haiti vai marcar, porque foram diversas situações que eu não tinha ideia que fosse encontrar e eu pude aplicar os meus conhecimentos em uma situação real. Foi muito importante para mim”, destaca.