OPERAÇÃO ÁGATA
Destruição de pistas clandestinas deixa crateras de até 4 metros
O Suboficial Manuel Júnior tem 1,70m de altura e pesa 99 kg, mas fica pequeno ao lado da cratera aberta por uma bomba Mk-82 em uma pista clandestina destruída no último dia 10 na fronteira do Brasil com a Colômbia. "Com esse ataque fica realmente impossível que qualquer aeronave faça pousos ou decolagens nesse local", afirma o Tenente Marcelo Menezes, especialista em armamentos.
Ele explica que cada uma das bombas pesa 230 kg, sendo aproximadamente 100 kg de TNT, com alto poder explosivo. "Como essa missão é para destruição de pista, nós utilizamos um retardo um pouco maior para ela poder fazer uma penetração maior no terreno e fazer um efeito maior na cratera", explica o Tenente Menezes. Nesse ataque, os quatro caças A-29 Super Tucano lançaram oito bombas do tipo. Cada uma deixou um buraco de até 4 metros de diâmetro.
Na Operação Ágata, o Tenente Menezes e sua equipe têm a responsabilidade de armar todas as aeronaves que partem nas missões de ataque, uma missão que ele diz ser um orgulho cumprir. "O sentimento é de conquista. Estamos utilizando todo o treinamento que nós fizemos. É muita satisfação tanto para mim quanto para a minha equipe", finalizou.
Já o Suboficial Manuel Júnior, com mais de 23 anos de experiência como mecânico de caças F-5EM, A-29 Super Tucano, também não esconde a satisfação de ver o resultado do ataque. "O sentimento é simplesmente de dever cumprido", diz.
Operação Ágata
Desde o dia 7 de agosto a Força Aérea Brasileira participa da Operação Ágata, lançada pelo Ministério da Defesa para coibir atividades ilegais na fronteira do Brasil com a Colômbia. Caças estão prontos para missões de ataque e para a interceptação de aeronaves em voos irregulares.
Somente em São Gabriel da Cachoeira (AM) a FAB mantêm cinco caças A-29 Super Tucano e quatro supersônicos F-5EM, além de helicópteros e aviões de reconhecimento e transporte. Outro destaque da Operação é o uso inédito da Aeronave Remotamente Pilotada RQ-450.
Ao todo, mais de 3.500 militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica trabalham em conjunto com organizações como Polícia Federal, IBAMA e Receita Federal.