JOGOS MUNDIAIS MILITARES

Brasil mostra evolução no paraquedismo

Publicado: 2011-07-21 12:09:00
Equipe feminina está em terceiro lugar na formação em queda livre nas semi-finais

O desafio é grande para os paraquedistas brasileiros dos Jogos Mundiais Militares. Enfrentar equipes com tradição, manter a constância nos oito saltos em seis dias de competição e, até mesmo, competir em duas categorias: Precisão e Formação em Queda Livre. Mesmo com pouca história no esporte, as equipes masculina e feminina vão bem na formação em queda livre. A equipe masculina alcançou ontem (20/07) o quarto lugar e a feminina, a terceira colocação na semi-final.

"Nós já estávamos treinando forte há dois anos a formação em queda livre e alcançamos bons resultados. Conseguimos o primeiro lugar em fevereiro em junho na Copa Sky Dive, no Arizona, Estados Unidos, e também fomos as primeiras na Copa CTR 4-away, em Boituva, São Paulo. Só não vamos bater os Estados Unidos, mas o terceiro lugar está bom demais", conta uma das atletas, a Sargento Cássia Bahiense, da Força Aérea Brasileira. 

Eles explicam que o favoritismo pesa muito em um esporte como o paraquedismo. Algumas equipes têm anos de treinamento, o que pesa na hora de realizar mais formações. São apenas 35 segundos para uma média de 20 formações diferentes e países com muita tradição no esporte, como a Bélgica, chegaram a realizar nos Jogos Mundiais 43 desenhos diferentes no ar com os quatro atletas. 

"Não estamos satisfeitos com o resultado parcial do quarto lugar, mas temos somente dois anos de treinamento juntos. Algumas equipes estão juntas há anos ", destaca o Capitão Aviador Diego Gabriel da Silva.

De acordo com o técnico das equipes, André Ferraz, a evolução rápida dos atletas foi resultado de um treinamento focado.

"No início, vimos a parte técnica e as formações, na reta final a ênfase foi na parte psicológica. As competições no Brasil e no exterior também foram importantes para os atletas", frisa o técnico.

Sobre o paraquedismo

Formação em queda livre (FQL) e precisão são as duas modalidades do paraquedismo. O objetivo quase impossível da competição de precisão é acertar uma rosca de dois centímetros no meio de um colchão. O atleta tem de saltar e, ao tocar a rosca, zerar a prova. Quando mais o paraquedista chegar longe da rosca, mais pontos ele ganha. Para evitar o choque no ar, os atletas de uma mesma equipe saltam de forma escalonada - em uma sequência - para que um não atrapalhe o outro na hora da descida.

A equipe da formação em queda livre tem de realizar o maior número de formações, ou seja, os desenhos no ar, em 35 segundos. As formações devem ser realizadas da forma mais perfeita que puderem. Neste caso, a rapidez não é sinônimo de erros bruscos. Outro detalhe importante é que os atletas precisam se tocar durante a formação. Os treinos são feitos em solo, tantas vezes forem necessários, até a hora da prova. Na hora do salto, um cameraman filma as formações e o juri avalia os movimentos dos atletas.

Resultados parciais - Formação em Queda Livre

Equipe Feminina

1. Estados Unidos
2. França
3. Brasil

Equipe Masculina

1. Bélgica
2. Estados Unidos
3. Alemanha
4. Brasil