JOGOS MUNDIAIS MILITARES

Cabo da FAB vence o câncer e corre ultramaratona

Publicado: 2011-07-16 15:03:00

No próximo domingo (17/07), o Cabo Nilton Pedro do Amaral vai correr 84 quilômetros. Ele percorrerá duas vezes o trajeto de 42 quilômetros que os corredores farão durante a prova de Maratona dos Jogos Mundiais Militares, no Rio de Janeiro.

O Cabo largará às 3h da manhã do Aterro do Flamengo e fará o trajeto inverso até o Recreio dos Bandeirantes, onde, às 7h30, será a largada da Maratona. Depois, fará o percurso de volta.

Tudo isso já seria uma demonstração de superação, se não fosse o detalhe de que, há três anos, o Cabo Amaral esteve gravemente doente: teve câncer.

Em 2008, após 15 dias de constantes febres, o Cabo Amaral fez uma bateria de exames que detectou nódulos em seu canal linfático, na altura da virilha. Em abril de 2009, fez uma cirurgia para retirada de quatro nódulos. 40 dias depois, já estava de volta aos treinos.

Pertencente ao efetivo do Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos (PAMA-AF), o Cabo Amaral é atleta há muito tempo. Foi durante 15 anos goleiro da seleção de futebol da Aeronáutica.

Por incentivo de colegas militares, passou a participar de maratonas e, a partir deste ano, passou a correr também ultramaratonas. Este tipo de modalidade, muitas vezes, não prevê limite de distância. Em algumas provas, os atletas passam dias inteiros correndo. Na sua última ultramaratona, em Campinas, o Cabo Amaral chegou a correr 128 quilômetros em 24 horas.

Hoje gozando de plena saúde, o Cabo Amaral diz que sempre acreditou na cura e fala da importância do esporte em sua vida. “Independente dos problemas que apareçam em nossas vidas, nunca desista da vontade de viver. Só através do esporte a gente consegue ter uma boa qualidade de vida”, disse.

Este ano, começou a participar de ações voltadas para o combate ao câncer. No início deste ano, Amaral participou de uma maratona beneficente. As pessoas “compravam” a distância percorrida por ele. Nesta iniciativa, chegou a arrecadar mais de 2 mil reais para o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Como a ultramaratona não é uma modalidade dos Jogos, o Cabo Amaral não está disputando medalhas. Mas o que o move não são prêmios ou títulos, mas a vontade de viver.