Equipe do judô conhece detalhes da competição

O Gerente de Judô dos Jogos da Paz, Coronel Josué Moraes, reuniu, na última terça-feira (21/06), os integrantes do Centro Integrado de Ações Locais (CIAL) da Universidade da Força Aérea (UNIFA) para esclarecer o funcionamento das atividades no ginásio que receberá as competições do esporte durante os 5º Jogos Mundiais Militares, que serão realizados de 16 a 24 de julho, no Rio de Janeiro.

Segundo ele, todas as etapas do evento foram abordadas, desde a chegada dos atletas, passando pelas competições em si, até a premiação e o controle antidoping.

"Fiz uma ambientação da competição explicando como funciona cada área e fiquei disponível para possíveis dúvidas” explicou.

Saiba mais sobre o Judô

Judô é uma arte marcial fundada no Japão, em 1882, por um jovem de 23 anos chamado Jigoro Kano. Tem como filosofia integrar corpo e mente. Sua técnica utiliza os músculos e a velocidade de raciocínio para dominar o oponente. Os principais objetivos do Judô são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada, além de desenvolver técnicas de defesa pessoal.

Em 1909, o professor Kano tornou-se o primeiro membro asiático do Comitê Olímpico Internacional e trabalhou para a difusão do Judô no mundo inteiro. A modalidade se tornou um evento oficial nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964.

Impulsionado pela imigração japonesa, o Judô surge no Brasil por volta de 1922, através de Eisei Maeda. A Confederação Brasileira de Judô foi fundada em março de 1969, sendo reconhecida por decreto somente em 1972.

Gerente do Judô destaca apoio das Forças Armadas aos atletas brasileiros

De um total de 45 medalhas obtidas pelo Brasil em mundiais militares da modalidade, 39 foram conquistadas a partir de 1989, ano em que o Coronel Moraes, atual gerente de competição do Comitê de Planejamento Operacional dos 5º Jogos Mundiais Militares, iniciou um trabalho de integração de judocas civis às Forças Armadas. Ex-atleta, ele foi técnico da equipe militar de judô de 89 a 97 e destacou a importância do apoio da instituição ao esporte.

“Sempre acreditamos nas Forças Armadas apoiando o esporte nacional, em sermos beneficiados pelo desempenho dos atletas e beneficiá-los por recursos que podemos oferecer. Pesquisei o modelo adotado por Itália, França e Alemanha, para ajudar a construir um modelo brasileiro de apoio ao esporte”, disse ele.

O Coronel Moraes foi chefe de equipe de 98 até 2001. Na sequência tornou-se membro do comitê técnico do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM), de 2002 a 2007. O último mundial militar de judô foi realizado em 2007, em função da crise econômica mundial.

Entre os atletas incorporados às Forças Armadas no final da década de 80, um dos destaques foi o Tenente Wágner Castropil, dono da segunda medalha de ouro do judô brasileiro em mundiais militares e um bronze, em 94. O primeiro ouro brasileiro do judô em Mundiais Militares foi do Soldado Arnaldo Menani, em 1974, primeira vez que o país disputou a competição. O Sd Henrique Guimarães também fez história, com dois bronzes em competições globais, um no Mundial Militar de 94 e outro nas Olimpíadas de Atlanta em 96.

Existem outros nomes como do atual técnico da equipe masculina de judô, o Soldado Mário Sabino (bi-campeão mundial militar, 2000 e 2001), do Soldado Sebastian Pereira (bronze no mundial militar de 97 e ouro em 2000) e do Soldado Fúlvio Myata, dono do maior número de medalhas em mundiais militares. Ele foi bronze em 97, 99 e 2000 e prata em 2002.

Data da competição: de 19 de julho, por equipe e de 21 a 23 de julho, individual.