INVERNO

Militares da FAB contam experiência de trabalhar abaixo de 0ºC

Publicado: 2020-08-28 18:44:11
Em Urubici, na serra catarinense, militares do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Morro da Igreja, trabalham com temperaturas abaixo de zero grau

Os termômetros marcaram -8.6°C e nevou na madrugada do dia 21 de agosto, em Urubici, na serra catarinense, onde está localizado o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Morro da Igreja (DTCEA-MDI), organização subordinada ao Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II).

Cerca de 40 militares têm a missão de prover os meios necessários para o controle, a segurança e a defesa do espaço aéreo no sul do Brasil. A unidade conta com radares de vigilância e de meteorologia e também sistemas de telecomunicações.

“Foi a menor temperatura registrada neste ano. A sensação térmica foi de -11°C. Apesar de todos os invernos que já passei tirando serviço no Destacamento, enfrentar as baixas temperaturas nunca é fácil”, relatou o Sargento Paulo Jefferson da Silva Inácio, que serve no Destacamento.

A equipe técnica trabalha em sistema de plantão 24 horas para garantir o funcionamento dos equipamentos. "O serviço técnico permanente no Destacamento é de suma importância, pois, uma parcela significativa da malha aérea da região sul do Brasil é abrangida pelo radar do DTCEA-MDI, sendo assim, o técnico de serviço garante através de manutenções preventivas, e por vezes corretivas, o funcionamento permanente dos equipamentos”, afirmou o Sargento Inácio.

No inverno, as condições climáticas severas e adversas tornam o trabalho desses militares um grande desafio. “Nesta época do ano, é necessário ainda utilizar roupas especiais sobre a farda. Os militares usam o abrigo polar que resiste até uma temperatura de -25°C e botas canadenses para suportar o frio extremo”, explicou o Suboficial Joelson Oliveira Rocha Melo, encarregado da Seção Técnica.

A complexidade da estrutura se justifica pela importância estratégica da região: além de ser rota do tráfego aéreo de voos internacionais da América do Sul, no trecho entre as cidades de Buenos Aires, na Argentina, e São Paulo, no Brasil, atende a um grande fluxo de aeronaves menores, como táxis aéreos entre outros.

Fotos:Sargento Inácio/DTCEA-MDI e Fábio Maciel/DECEA