AJUDA HUMANITÁRIA

Ação Social relembra os dez anos das enchentes em Ilhota (SC)

Publicado: 2018-11-28 15:30:00
Durante o desastre a FAB fez o resgate de diversas familias que ficaram ilhadas

Helicóptero sobrevoa área alagada na época da tragédia  "Estávamos em uma situação muito difícil, pois não tínhamos como sair, a ponte caiu, o morro desmoronou e tudo estava alagado. Ficamos isolados de domingo até terça-feira quando os helicópteros conseguiram chegar para nos resgatar. Foi um milagre dos céus. Se não fossem os helicópteros, não sei o que seria de nós”, relembra o agricultor Hainz Hards, que foi resgatado pela Força Aérea Brasileira (FAB), durante as enchentes que ocorreram no Morro do Baú, no município de Ilhota (SC), em 2008.

Moradores ficaram alagados em Ilhota durante as enchentesEle participou da ação social realizada, no último sábado (24), para relembrar a passagem dos 10 anos da tragédia, com o objetivo de fomentar o debate e a reflexão sobre a importância das políticas nacionais e internacionais de Redução de Risco e Desastres (RRD). O evento reuniu diversas organizações de resposta a desastres, como Exército Brasileiro, FAB, Bombeiros, Polícia Militar, entre outras.

FAB resgatou diversos moradores em 2008“O nosso foco é trabalhar a resiliência, percepção de risco, levando informações para a comunidade, para que ela esteja preparada, caso aconteça algum outro fenômeno aqui na localidade do Morro do Baú”, disse a Diretora de Minimização de Desastres da Secretaria de Estado da Defesa Civil de Santa Catarina, Caroline Margarida.

Durante a Ação Social, vários moradores conversaram com os militares da Base Aérea de Florianópolis (BAFL) e agradeceram todo o apoio que a FAB prestou em prol da comunidade em 2008. A tragédia resultou na morte de 135 pessoas, devido à forte chuva na região, 14 municípios decretaram estado de calamidade pública e 63 decretaram emergência.

Ação social relembrou a tragédia de 2008“Nós estávamos sem esperança de sair do local onde estávamos, mas um helicóptero da FAB veio nos resgatar. Comigo havia mais oito pessoas. Foi muito difícil aquele desastre. Perdi quatro parentes e até hoje estou tentando reconstruir o que perdi”, contou o agricultor Cláudio Mogi.