ASAS ROTATIVAS

Esquadrão Harpia socorre indígena na fronteira noroeste do Brasil

Publicado: 2017-11-08 17:45:28
Homem de 57 anos apresentava quadro grave após ser picado por cobra jararaca

Esquadrão Harpia resgata indígena na fronteira noroeste brasileiraAo término de uma missão de vacinação na região do Alto Rio Negro, noroeste do Brasil, o Esquadrão Harpia (7°/8° GAV) foi acionado para cumprir uma Evacuação Aeromédica (EVAM). O esquadrão resgatou, em dois de novembro, um indígena de 57 anos que havia sido picado por uma cobra jararaca e apresentava quadro clínico grave. A operação foi realizada a bordo do helicóptero H-60 Black Hawk do Pelotão Especial de Fronteira e a urgência foi na aldeia Nova Esperança, localizada a 1.437 km de Manaus (AM).

A tripulação decolou de Iauaretê (a 1.101 km de Manaus) com destino a Tabatinga (1.110 km da capital amazonense). No município, localizado próximo à tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, uma equipe médica embarcou na aeronave levando soro antiofídico. Com o grupo de saúde a bordo, os militares do Esquadrão Harpia voaram para a aldeia Nova Esperança, onde estava o indígena.

O tempo de voo do Black Hawk até a aldeia foi de uma hora e vinte minutos. A equipe médica estabilizou o paciente, picado havia aproximadamente dois dias, e aplicou o soro antiofídico. Em seguida, o indígena foi transportado para Tabatinga - a distância entre a aldeia e a cidade é de cerca de 270 km e o transporte de barco nesse trajeto demoraria, em média, três dias.

Força Aérea resgata indígena na AmazôniaDe acordo com um dos pilotos da missão, Tenente Aviador Pedro Thiago Parra, a agilidade da operação foi um fator importante para a estabilidade do paciente. “Fomos acionados logo pela manhã. Mesmo com a meteorologia degradada, fomos o mais rápido possível. A aldeia ficava a quase 300 km de Tabatinga. Sabíamos que cada minuto poderia fazer a diferença, pois não havia soro antiofídico na aldeia. Quando chegamos lá, a vítima encontrava-se inconsciente. Depois de estabilizada, seguimos para Tabatinga. O tempo foi o fator vital dessa EVAM. O sentimento de orgulho, de atender quem precisa, é muito grande”, contou.

Na mesma aldeia, o Esquadrão Harpia já havia realizado uma EVAM em 21 de outubro. Naquela ocasião, um índio de apenas cinco anos também havia sido picado por uma jararaca. A criança foi transportada para Tabatinga para cuidados médicos especializados e se recuperou do ocorrido.