RIO 2016
Atletas do tiro com arco reforçam preparação para jogos olímpicos
O Centro Logístico da Aeronáutica (CELOG), localizado no Campo de Marte, em São Paulo, sediou a segunda seletiva olímpica da Confederação Brasileira de Tiro com Arco entre os dias 25 e 27 de março de 2016. Dos 20 participantes, oito são sargentos da Força Aérea Brasileira (FAB), integrantes do programa de atletas de alto-rendimento das Forças Armadas.
“O CELOG tem prazer em apoiar essas atividades, especialmente em um ano olímpico. Neste caso, ainda temos a participação de atletas militares com chances de representar o Brasil”, afirma o chefe da comunicação social do CELOG, Coronel Esdras Sakuragui.
A área foi escolhida pela federação por aliar facilidades de acesso e atender aos requisitos da modalidade, como área ampla e isolada. O evento foi organizado pela Federação Paulista de Arco e Flecha e faz parte do calendário de eventos oficiais da confederação. Veja aqui o resultado da seletiva.
Os militares mais bem colocados nesta etapa foram os sargentos Sarah de Oliveira Nikitin e Daniel Rezende
Xavier. “Temos feito um trabalho muito bom. Conseguimos a pontuação e terminei em segundo lugar geral”, comemora a Sargento Sarah.
O grupo está concentrado no centro de treinamento na Urca. A rotina de preparação, de segunda a sábado, começa às 6h30 da manhã e termina à noite, por volta das 20h. “Estamos treinando visando a preparação para as olimpíadas. Estamos otimistas”, afirma o Sargento Daniel. Há seis anos, o médico veterinário deixou a carreira profissional de lado para se dedicar integralmente ao esporte. Em Londres 2012, o atleta foi o único brasileiro da modalidade e ficou no 23º lugar. No ano passado, Daniel conquistou o bronze no Pan-Americano de Toronto.
Os atletas terão pela frente mais duas seletivas, uma em abril e outra no início de maio. Após a classificação, os representantes brasileiros da modalidade participarão de dois campeonatos internacionais: em maio na Colômbia e em junho na Turquia.
História da modalidade - Atividade de caça e guerra nos primórdios da civilização, o Tiro com Arco passou a ter popularidade como esporte a partir dos séculos XVI e XVII, com a prática de torneios na Inglaterra. Sua estreia nos Jogos Olímpicos foi no ano de 1900, em Paris.
As mulheres começaram a participar da disputa já na edição de 1904, em Saint Louis, nos Estados Unidos, o que torna o Tiro com Arco um dos primeiros esportes a incluir provas femininas nos Jogos Olímpicos. A modalidade se manteve em 1908 (Londres) e 1920 (Antuérpia, na Bélgica), mas depois acabou sendo retirada. O retorno ao programa olímpico aconteceu apenas nos Jogos de 1972, em Munique, na Alemanha. Bem antes disso, em 1931, surgia a Federação Internacional de Tiro com Arco (World Archery Federation, em inglês).
Existem dois tipos de arco: o recurvo, único permitido nas disputas olímpicas, formado por lâminas, punho e corda; e o mais utilizado para a caça, que é composto por um sistema capaz de alcançar maiores potências com menos esforço.
O Tiro com Arco tem disputas individuais e por equipes (com três arqueiros cada). O objetivo é simples: acertar as flechas o mais perto possível do centro do alvo, que está colocado a uma distância de 70 metros e tem 1,22 metro de diâmetro. Quem tiver o melhor desempenho vence.
Ao serem disparadas, as flechas podem ultrapassar a velocidade de 240 quilômetros por hora – o que exige dos arqueiros precisão nas mãos, força nos ombros, flexibilidade muscular, boa mira e, acima de tudo, tranquilidade.