SEU DINHEIRO

Vida financeira saudável deve começar na infância

Publicado: 2015-11-08 07:00:00
Atuação dos pais é fundamental para ensinar boa relação com o dinheiro

  A educação financeira aos poucos chega à grade curricular das escolas mesmo não sendo disciplina obrigatória. Mas cabe aos pais a responsabilidade de preparar para o mundo cidadãos saudáveis financeiramente.

Os pais de Maria Eduarda Domenici sabem da importância do tema. Desde os seis anos, ela passou a ganhar uma quantia por semana para usar como quiser. Além do dinheiro, os pais dão lições de como gerenciá-lo bem e não gastar tudo de uma vez. Agora com nove anos, ela tem aulas de   educação financeira na escola e já apresenta um comportamento responsável com as “finanças pessoais”.

No Dia das Crianças ela não pediu presente. Quis apenas jantar com os pais. Eles também a levaram ao cinema e deram um dinheiro a mais como incentivo. O que ela fez? Guardou para pensar como vai empregá-lo, evitando comprar por impulso alguma coisa de que não precise tanto.

Ela é filha dos tententes Eriko Mendes Domenici, do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), e Chrisziane dos Santos Domenici, do Hospital das Forças Armadas (HFA). Os pais mostram na prática que usar o dinheiro envolve escolhas. “Ou compro uma roupa ou guardo o dinheiro para a viagem de férias”. Esse é o discurso que Maria Eduarda ouve constantemente para aprender a esperar e atingir metas.

Quand  o Maria Eduarda apresenta alguma frustração com relação ao estilo de vida dos colegas, o pai aproveita para transformar o sentimento em uma competição saudável. “Eu e minha esposa conversamos muito com ela e usamos o exemplo das conquistas dos outros como motivação para o estudo, o trabalho e o planejamento, para que ela possa realizar sonhos”, conta Eriko.

Segundo a professora Celina Macedo, PhD em psicologia cogni  tiva e consultora do Instituto de Educação Financeira (IEF), a explicação para o endividamento e a falta de poupança do brasileiro está vinculada na relação entre pais e filhos. “Pais que impõem limites, ensinam a relação custo/benefício, ensinam os filhos a suportar frustrações, planejar a vida, fazer escolhas, estão criando pessoas conscientes do consumo”, explica.

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