Esquadrão Gavião comemora Dia da Aviação de Asas Rotativas
A operação mais heróica de toda a atuação da FAB no Congo deu origem ao “Dia da Aviação de Asas Rotativas da FAB”. A data, 3 de fevereiro, foi comemorada pelo Esquadrão Gavião com uma motivadora palestra, ministrada pelo seu Comandante, Tenente-Coronel Fernando Cominato de Lima, que abordou as lutas e glórias de uma aviação combatente, missão de paz no Congo, o papel e a história da Aviação de Asas Rotativas, leu a ordem do dia e prestou homenagem a todos os integrantes dessa Aviação.
Além da participação de todo o efetivo da Unidade e de Oficiais da Guarnição de Natal, este evento foi abrilhantado pela presença do Chefe do Estado Maior da I FAE, Cel Av Ernani Epifani Lemos Júnior, Comandante da BANT, Coronel Carlos Eduardo Alves da Silva e ainda do Coronel R1 Camazano e Coronel R1 Tenório, ambos ex-Comandantes de Unidades Aéreas de Asas Rotativas.
O “Dia da Aviação de Asas Rotativas” foi inspirado numa ousada operação de resgate, ocorrida no dia 3 de fevereiro de 1964, quando dois helicópteros H-19 da ONU, tripulados pelos Tenentes Aviadores Ércio Braga e Milton Naranjo e pelos Sargentos João Martins Capela Júnior e Wilibaldo Moreira Santos, da Força Aérea Brasileira, ingressaram em território dominado pelo inimigo para resgatar missionários e freiras que estavam sob ameaça de um violento grupo guerrilheiro.
Da porta dos helicópteros, armas em punho, os sargentos mantinham o inimigo à distância, respondendo ao fogo sem exitar um momento sequer. Todos a bordo, decolaram o mais rápido que puderam, mas uma pane em um dos helicópteros forçou-os a um novo pouso em uma colina próxima. Após verificação do equipamento pelos mecânicos, decidiu-se pela transferência de todos, passageiros e tripulantes, para o helicóptero do Ten Naranjo, que executou a decolagem com maestria, afastando-se dos fogos e da turba que ferozmente se aproximava. “Um dia para não ser esquecido e ser lembrado a cada ano”, ressaltou o Comandante do Esquadrão Gavião, Tenente-Coronel Cominato.
Graças à ação rápida e à coragem daqueles brasileiros em um momento dramático, mais um grupo de pessoas de bem era conduzido à segurança. Evidenciou-se ali, a qualidade dos nossos homens e a importância do trabalho em equipe, de oficiais e graduados operando em perfeita sintonia, explorando ao máximo toda a capacidade de suas máquinas voadoras. Reconhecido em carta pelo presidente norte-americano à época, aquele ato de bravura passou a figurar nas páginas mais gloriosas da Força Aérea Brasileira, gravando com fogo e sangue a verdadeira vocação da Aviação de Asas Rotativas: o resgate em combate.