DIA DO MATERIAL BÉLICO-Ordem do Dia

ORDEM DO DIA DO MATERIAL BÉLICO


O sucesso em qualquer atividade sempre estará ligado diretamente à qualidade e ao compromisso dos profissionais que possuem a capacidade e a inteligência para executá-la.
Neste sentido, inebriado pelos heróicos feitos de nosso passado, evidencio e enalteço o trabalho de todos os homens e mulheres que labutam no Sistema de Material Bélico e que contribuem para, cada vez mais, caracterizar e fortalecer o braço armado da nossa Aeronáutica, tornando possível a projeção da Força Aérea Brasileira no cenário regional e mundial, colaborando, também, com o incremento do potencial industrial de nosso País e de nossa capacidade auto-sustentável neste setor.
Neste próximo dia 11 de novembro, celebraremos o Dia do Material Bélico da Aeronáutica, data que marca os 68 anos em que o Esquadrão Jambock atuou em solo europeu, de forma completamente independente, contando com uma eficiente equipe de apoio, composta por brasileiros voluntários em busca da liberdade e da defesa dos interesses nacionais em terras além-mar.
Dentre nossos homens que se destacaram, além dos bravos pilotos do Primeiro Grupo de Aviação de Caça, encontrava-se o então Tenente Especialista em Armamento Jorge da Silva Prado, designado Chefe das Seções de Armamento e Material Bélico daquela Unidade, o qual foi o responsável por todo o armamento a ser empregado durante campanha da Itália.
A partir do término da guerra, o histórico daquele jovem obstinado foi fundamental para a evolução do Sistema de Material Bélico no Brasil. Com a experiência auferida na Itália, retornou ao nosso país e estabeleceu novos métodos de suprimento e armazenamento, padronizou as nomenclaturas de itens bélicos para as três Forças Armadas e a manutenção do armamento com uso de novos e ainda atuais métodos de Sistema de Ordens Técnicas.
Nos idos dos anos 50, como Comandante do Depósito Central de Material Bélico da FAB, atual PAMB-RJ, o Ten Cel Esp Arm Prado contribuiu, juntamente com oficiais do Exército Brasileiro, para o desenvolvimento de novos tipos de propelentes sólidos. Nascia, assim, a mola que impulsionaria o setor de foguetes no Brasil.
Desde então, inevitavelmente, sucedeu-se um expressivo crescimento da atividade bélica na Força Aérea Brasileira, que investiu na manutenção, na aquisição de modernos e complexos itens bélicos e na especialização dos seus recursos humanos, profissionais que, no silêncio do trabalho diuturno, representam a mola mestra que impulsiona todo o Sistema.
Com a ativação da Diretoria de Material Bélico, no local onde hoje existe o COMGAP, a área de sistemas bélicos tomou enorme vulto, sendo o Parque de Material Bélico o seu depósito principal, além de gestor da distribuição dos itens sob orientação daquela Diretoria.
Em 25 de novembro de 1999, por intermédio da Portaria nº 756/GC-3, a antiga DIRMAB cedeu espaço para o Comando-Geral de Apoio, sendo, posteriormente, suas atividades assimiladas pela Diretoria de Material, DIRMA, a qual foi desativada em 11 de junho de 2003, transformando-se na atual DIRMAB, Diretoria responsável pelos projetos aeronáuticos e bélicos da FAB.
Nos dias de hoje, entre profissionais altamente qualificados, bombas guiadas a laser, óculos de visão noturna, sensores, mísseis de longo alcance, armamentos de emprego terrestre e uma série de outros equipamentos bélicos desenvolvidos, surge na FAB um sólido Sistema de Material Bélico que se reforça com a reativação de uma Subdiretoria de Sistemas Bélicos subordinada à Diretoria de Material Aeronáutico e Bélico, reintegrando conceitos antigos a uma moderna gestão, demonstrando a importância que tem sido dada a este importante segmento operacional e logístico dentro da Força Aérea.
Temos a plena consciência de que o caminho rumo ao futuro é longo e árduo!
Neste sentido, necessária se faz a conscientização de nossa sociedade para dar a devida importância aos assuntos de defesa nacional, alocando recursos necessários ao devido treinamento e complementação de nossas reservas bélicas, mediante a estratégia de buscar internar no País tecnologias atuais que atendam às necessidades das Forças Armadas e também à demanda da Base Industrial de Defesa.
“Si vis pacem, para bellum.”
"Se queres a paz, prepare-te para a guerra."
Dentro desse contexto, o COMAER compreende plenamente as dificuldades conjunturais, e continuará buscando delinear as suas necessidades, com vistas a obter uma capacidade compatível com os Objetivos estabelecidos na Estratégia Nacional de Defesa.
Parabéns profissionais do Sistema de Material Bélico da Aeronáutica e que atuam e contribuem com a atividade bélica na Força Aérea e no País.
Continuem fazendo da Força o Sabre! E buscando motivação constante nas palavras escritas no hino daqueles bravos aviadores que lutaram por nossa liberdade nos céus da Itália:
“SENTA A PUA MINHA GENTE QUE AINDA TEMOS QUE ESTREIFAR”.

Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2012

HÉLIO PAES DE BARROS JÚNIOR
Comandante-Geral de Apoio